Obras de navegabilidade estão paradas.
Foto: Bancada de Oposição/Alepe.
As obras paradas do projeto de Navegabilidade no Grande Recife foram alvo de debate intenso entre as bancadas do governo e da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nesta semana.
Na segunda (4), a oposição percorreu os trechos onde deveriam funcionar as estações ao longo do Rio Capibaribe.
O líder do governo, Waldemar Borges (PSB), rebateu as críticas culpando a lentidão da Caixa Econômica Federal.
O banco, por sua vez, afirmou que para conceder os recursos são necessárias as comprovações de andamento das obras.
Trazendo à tona novamente o tema, Waldemar Borges culpou a burocracia da instituição financeira. “A CEF fez o projeto ir e vir para atender pendências mais de 10 de vezes, sempre trazendo novas exigências a serem cumpridas”, disse.
LEIA MAIS: » CEF responde críticas de Waldemar Borges aos atrasos no projeto de navegabilidade » Waldemar Borges diz que CEF atrasou projeto da navegabilidade por 10 meses e ainda cria dificuldades » Navegabilidade na mira: deputados da oposição visitam obras paradas Em nota, Waldemar Borges responde à Caixa Econômica Federal No que pese os relevantes serviços prestados ao País pela Caixa Econômica Federal, é notório que seus procedimentos burocráticos são dos mais complexos de toda a já muito pesada e anacrônica burocracia estatal brasileira.
O caso do Projeto de Navegabilidade do Rio Capibaribe não foge a essa regra.
O Governo de Pernambuco entregou à Caixa o Projeto da Navegabilidade em maio de 2013, para ele ser finalmente aprovado agora, em janeiro de 2015.
Nesse longo período, a CEF fez o projeto ir e vir para atender pendências mais de 10 de vezes, sempre trazendo novas exigências a serem cumpridas.
Na nota que enviou à imprensa, a Caixa centra-se mais especificamente na construção dos terminais de passageiros e busca atribuir às licenças ambientais a pouca celeridade no andamento do projeto.
Tal tentativa não encontra respaldo em documentos recebidos e emitidos pela própria instituição.
Em 17.04.2014, por meio da CE 1268/14 a CEF afirma que recebeu o Projeto de Estudos Ambientais, atestando que todas as licenças foram entregues.
Portanto, em relação às questões ambientais não há óbice para que a obra seja continuada.
Por fim, lamentamos que a oposição insista em usar situações como essa para tentar tirar proveito político em cima de dificuldades sobre as quais o governo ao qual pertence, o Federal, tem grande responsabilidade.