Votação sobre o MPV 665/2014.

Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados A maioria da bancada pernambucana na Câmara dos Deputados votou contra o texto principal do primeiro item do pacote de ajuste fiscal proposto pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

Dos 25 parlamentares do Estado, 15 votaram contra a medida provisória 665 e nove foram favoráveis.

Adalberto Cavalcanti (PTB) levou falta na sessão da quarta-feira (6).

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Apesar de os pedidos do governador Paulo Câmara (PSB) para que a bancada votasse a favor do ajuste, os deputados não seguiram o alinhamento.

A tentativa de convencimento se deve à postura assumida por Dilma em março, no encontro com governadores do Nordeste.

Na ocasião, a petista condicionou a liberação de recursos federais à aprovação do ajuste no Congresso Nacional.

A bancada do PSB na Câmara, formada por seis deputados, votou contra a medida.

Os tucanos, obviamente, também foram contra o governo federal.

O deputado federal João Fernando Coutinho (PSB) foi um dos que votou contra o texto-base da Medida Provisória (MP) 665/2014.

Para o parlamentar, o ajuste é necessário, diante do atual momento da economia brasileira, porém, não são os trabalhadores que devem ser penalizados. “Estamos passando por um momento muito difícil em nosso País , portanto não é adequado reduzir conquistas consolidadas dos trabalhadores”, defendeu o socialista.

Parlamentares ligados à base governista seguiram a orientação nacional e se posicionaram favoráveis ao ajuste.

Da bancada do PTB, do ministro Armando Monteiro Neto, votaram a favor Jorge Côrte Real, Ricardo Teobaldo e Zeca Cavalcanti.

Luciana Santos (PCdoB) e Cadoca (PCdoB) também também disseram sim à MP 665, semelhante a Anderson Ferreira (PR).

Eduardo da Fonte (PP) e Fernando Monteiro (PP) também aprovaram a votação.

Defensor do governado Dilma, Silvio Costa (PSC) disse sim à medida.

Votação tumultuada do texto do ajuste fiscal.

Foto: Câmara dos Deputados.

AJUSTE – A votação na Câmara foi marcada por protestos e tumultos.

Na votação no plenário, o PT foi bastante atacado pela oposição.

Integrantes da Força Sindical, do deputado Paulo Pereira da Silva (SDD-SP), ocuparam as galerias e exibiam cartazes de petistas com a expressão “procurados”.

A MP 665, votada nesta quarta pela Câmara, traz, além da questão do seguro-desemprego, endurecimento da regra para concessão do abono salarial.

Até então, a exigência do tempo mínimo trabalhado para ter acesso ao benefício era de um mês.

O governo queria ampliar para seis, mas o Congresso reduziu para três.

Sobre o seguro-defeso -benefício concedido a pescadores no período de restrição à pesca-, o governo também queria dificultar o acesso, mas o Congresso não deu sequência à tentativa.

VEJA NA TABELA COMO VOTOU CADA DEPUTADO