Integrantes do movimento pretendem passar a noite na Câmara.
Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem.
Por Giovane Sandes, da Coluna Pinga-Fogo O Projeto Novo Recife, no Cais José Estelita, virou tema difícil de debater.
Porque para muita gente é questão de sim ou não. “De que lado você está?”, alguém questiona.
Além de ser um tema mais complexo, essa discussão que soava ideológica com o tempo ganhou nuances além do debate urbano, muito mais político-partidárias.
O que não desmerece a troca de ideias.
Mas não deve ser ignorado.
Veja o PT.
O partido foi governo por 12 anos.
Quando o Novo Recife chegou à prefeitura, estava tudo bem.
Depois de sair do governo, virou contra.
De certa forma, o mesmo ocorre com a vereadora Marília Arraes (PSB).
Em 2011 ela era governista.
Até foi “vilã urbana”, depois de propor uma lei para limitar o consumo de álcool nas vias públicas.
Só quando rachou com o PSB foi se aproximando do Direitos Urbanos.
Virou “heroína”.
A transição é a mesma de nomes do PDT e PSDB, contra o Novo Recife e de olho em 2016.
Esse olhar político inclui o Direitos Urbanos.
Coordenado por militantes do PSOL, o grupo se diz aberto ao debate, horizontal.
Mas rachou.
Colegas de partido se estranharam com Leonardo Cisneiros, que é parte do grupo do PSOL no gabinete do deputado estadual Edilson Silva.
No final, pegou mal foi a “sanção por email” do prefeito Geraldo Julio (PSB) e a contorção do vice-prefeito Luciano Siqueira (PCdoB) para isentar o governo.
E ficou feio para o presidente da Câmara do Recife, Vicente André Gomes (PSB), que mandou fechar a Câmara na votação da última segunda.
Ora, nem o “malvado favorito”, Guilherme Uchoa (PDT), presidente da Alepe, barrou professores no auge do polêmico reajuste que só beneficiou parte da categoria.
Por trás de todo “herói” ou “vilão” há sempre interesses em jogo.
E não há nada de errado nisso. É política.