Miguel Coelho vai presidir o grupo de trabalho. foto: divulgação.
O andamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) I e II do governo federal, em Pernambuco, passam a ser fiscalizadas, a partir de agora, pela Assembleia Legislativa Estadual.
Com grande parte obras planejadas paradas ou andando a passos lentos, o Legislativo instalou, nesta terça-feira (5), a Comissão Especial de Acompanhamento do PAC, composta por cinco deputados, mais cinco suplentes.
A comissão terá as tarefas de visitar as principais obras, conhecer as causas das paralisações, denunciar as consequências e sugerir medidas para a retomada ou aceleração dos serviços parados ou sem previsão de conclusão.
Eleito presidente da comissão, formada por governistas e oposicionistas, o deputado Miguel Coelho (PSB) revelou que apenas 810 das 3.100 obras incluídas no PAC I e II para o Estado estão concluídas, porém, apenas 1,2% está em funcionamento, de acordo com o monitoramento do Ministério do Planejamento. “Importantes projetos vieram graças ao ex-presidente Lula (PT) e ao ex-governador Eduardo Campos (PSB).
Não podemos aceitar o modo como estão sendo conduzidas intervenções essenciais ao desenvolvimento do Estado.
Devemos adotar uma postura ativa.
Queremos ajudar o governo federal, não só apontar erros”, convocou o socialista, que é filho do senador e ex-ministro da Integração do governo Dilma (PT), Fernando Bezerra Coelho (PSB).
Assume a vice-presidência a deputada Teresa Leitão (PT) e a relatoria Diogo Moraes (PSB), completando a comissão o líder da oposição, Sílvio Costa Filho (PTB), e o vice-líder do governo, Aluísio Lessa (PSB).
A primeira atividade acontece sexta-feira (8), acompanhando a visita da Comissão do Trabalho da Câmara Federal à Refinaria Abreu e Lima e ao Estaleiro Atlântico Sul em Suape. “Tem muita gente com o emprego suspenso por conta de obras paradas como a Transposição do São Francisco e a Transnordestina”, provocou Aluísio Lessa. “É importante ter uma radiografia das obras.
Há as paralisadas por falta de licença ambiental do Estado ou porque a construtora faliu (Presídio de Itaquitinga)”, rebateu Sílvio Filho.
Criado em 2007, no segundo governo Lula, o PAC deveria estimular o desenvolvimento ao mesmo tempo em que atenderia a necessidade de infra-estrutura no País.