Obras do trem 2 estão paralisadas.
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Atualizada às 9h23, desta quarta (07) Cada vez mais longe de sair do papel, a fase dois (trem 2) da Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, está se deteriorando sem nem ter sido entregue.
Equipamentos essenciais para o refino do petróleo estão expostos a sol e chuva, espalhados pelo terreno onde deveria funcionar a segunda etapa do projeto.
Os prédios do complexo, que deveriam abrigar laboratórios, auditórios e unidades de destilamentos, estão com as obras paralisadas e as edificações, se desgastando.
Indignados, funcionários da empresa veem o sonho afundar.
A refinaria foi uma das principais obras prejudicadas pelos efeitos da corrupção, que atingiu a Petrobras.
O prejuízo em Pernambuco pelo adiamento de projetos em refino levou ao reconhecimento de perda pela empresa de R$ 9,1 bilhões.
A obra, assim como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), foi um dos principais alvos de atuação do cartel que sustentou o esquema de corrupção na empresa. » Sob efeito da Lava Jato, hibernação da Refinaria Abreu e Lima prevê até 5 mil demissões O projeto da Refinaria Abreu e Lima é composto por duas unidades (trens) de refino, cada uma com capacidade de processamento de 115 mil barris por dia (bpd).
No momento está em operação o primeiro trem da refinaria, cuja produção começou em dezembro de 2014. {VEJA GALERIA} Foto: BlogImagem. - Foto: BlogImagem.
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Foto: BlogImagem - Foto: BlogImagem Tubulacao exposta.
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Foto: BlogImagem No início de janeiro, em resposta à matéria publicada no Estadão sobre o abandono na área, a Petrobras afirmou que o trem dois está com 82% das obras concluídas.
A previsão inicial era lançá-lo em maio de 2015.
A realidade, porém, não reflete o percentual informado.
No local, o cenário é de abandono, com edificações, cercadas por andaimes, e tubulações com marcas de ferrugem.
Válvulas por onde deveriam passar diesel e petróleo foram deixadas no meio de um terreno arenoso, contrariando a recomendação de guardá-las em lugares fechados.
Estruturas abandonadas.
Foto: BlogImagem. “São materiais que não poderiam estar expostos dessa maneira.
São peças delicadas, por onde deveriam passar petróleo e diesel refinados”, desabafou um funcionário ao Blog, sob a condição de anonimato. “A previsão deles é retomar o projeto só em 2018, mas até lá não vai ter mais o que recuperar”, completou.
Desde dezembro não é colocado uma prego sequer na estrutura, comentou outro funcionário.
O período coincide com a desmobilização dos funcionários da Alusa, uma das empresas que prestavam serviços à Petrobras nas obras de construção da Refinaria Abreu e Lima (Rnest).
O quadro já resultou no fechamento de milhares de postos de trabalho nos últimos meses.
O número de demissões pode chegar a 5 mil funcionários até o fim do mês.
A reportagem do Blog de Jamildo entrou em contato com a assessoria da Petrobras, mas até o momento não recebeu o posicionamento referente à desmobilização ou sobre os novos prazos para a conclusão da segunda fase da refinaria. {VEJA VÍDEO MOSTRANDO PARALISAÇÃO NAS OBRAS} Segunda etapa da Refinaria Abreu e Lima com obras paradas