Série histórica para ver índices de emprego e desemprego pode estar comprometida.

Foto: Guga Matos/JC Imagem/Data: 7-8-2013 A crise econômica no governo federal pode atingir a série histórica da Pesquisa de Emprego e Desemprego realizada na Região Metropolitana do Recife (RMR).

Após 18 anos medindo, mês a mês, os índices de empregabilidade no Grande Recife, a falta de recursos vindos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) põe em risco o levantamento, pelo segundo mês consecutivo.

Até hoje, mais de 60 funcionários do Instituto de Apoio à Universidade de Pernambuco (IAUPE), que trabalham coletando dados para a Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana do Recife (RMR), não foram autorizados a sair em campo para dar início a coleta dos dados de maio.

A pesquisa é resultado de um convênio entre a Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo (STQE), em parceria com a Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). » Pesquisa de Emprego deixa de coletar dados na RMR e põe série de 18 anos em risco A situação não é inédita.

Em abril, a ameaça de interrupção já era anunciada, mas o governo de Pernambuco anunciou que iria antecipar a parte que lhe cabia no contrato enquanto aguardava nova rodada de negociações e a confirmação dos repasses federais.

A celeuma aconteceu porque os recursos prometidos ainda não caíram nos cofres do Estado.

O imbróglio se arrasta desde novembro, quando o governo federal teria deixado de repassar parte do dinheiro que financiava a pesquisa.

A comissão de funcionários do IAUPE informou que a verba é de R$ 750 mil reais e vai custear os recursos referente aos meses de maio, junho e julho.

Mas existe um débito do governo federal de 2014 e o governo estadual quitou o levantamento até abril.

Em nota, a Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo informou que, no dia 24 de abril, o secretário Evandro Avelar recebeu do chefe de gabinete da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego, Ronaldo Ferreira, garantias de que o Ministério do Trabalho e Emprego confirmaria, via ofício, até o fim da primeira semana de maio, os recursos conveniados e necessários para a realização da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), nos meses de maio, junho e julho.

Na prática, especialistas da área afirmam que um atraso de até dez dias não afetaria os resultados do levantamento.

A reportagem entrou em contato com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para saber se o ofício já havia sido liberado.

O pedido foi feito, por e-mail, às 14h23.

Mas, até o fechamento desta matéria, às 17h24, a assessoria não respondeu a solicitação.