O líder do governo na Assembleia Legislativa (Alepe), Waldemar Borges, rebateu de forma veemente o líder da Oposição, Silvio Costa Filho, para quem problemas de gestão explicam os atrasos no projeto de navegabilidade do Rio Capibaribe.

A acusação foi feita nesta manhã de segunda-feira, após visita dos deputados de oposição aos canteiros de obras do projeto. “A lentidão é culpa da Caixa.

Primeiro, precisa ser dito que já demos toda a nossa contrapartida e da Caixa Econômica pouco chegou.

Só recebemos de volta o projeto em janeiro deste ano, após 10 meses de análise, de ter sido entregue ao banco pelo governo do Estado.”, afirmou Borges, citando que a União deveria entrar com R$ 170 milhões e o Estado com R$ 32 milhões. “Pelo regime do Pac, se um ente partir na frente, depois não tem como ser ressarcido”, disse. “De janeiro para cá, depois de atrasar a análise em dez meses, a Caixa ainda vem fazendo mais de 10 novas exigências, colocando mais e mais exigências.

O projeto já foi inúmeras vezes e voltou inúmeras vezes”, acrescentou.

O governo do Estado, por meio do seu líder, admitiu que teve problemas com desapropriações de palafitas, mas que em todas as obras trata-se de um problema complexo. “Não é nada que atrase”. “Já com as licenças ambientais elas estão todas aí, já foram dadas”, afirmou.

Ainda de acordo com Borges, a dragagem do Eixo Oeste (na BR 101) já está toda feita.

Existem problemas no Eixo Norte (Olinda) por conta de problemas com a Marinha do Brasil.

Ele explica que a arma está buscando negociar compensações imobiliárias atreladas ao projeto de reurbanização da Vila Naval.

O motivo do entrave é claro: Se for para a conta única da União, a Marinha não vê um tostão de eventuais compensações financeiras.

Silvio Costa Filho isenta Dilma e culpa diretamente Paulo Câmara por projeto de navegabilidade estar encalhado Diplomático com Sílvio Costa Filho, sem deixar de ser irônico, Waldemar Borges afirmou que gostaria de propor um pacto como desafio à oposição. “Vamos nos unir todos para resolver.

Vamos fazer um pacto, obra por obra, analisar onde há entrave, ver se a culpa é do governo Federal, do estadual, a complexidade de cada situação.

Agora, neste caso específico, Silvio não deveria ficar tentando fazer a defesa do lado inadimplente do cronograma.

Nós somos vítimas do atraso da Caixa, a população é vitima do atraso da Caixa, não o contrário”, observou.