Membros do movimento Ocupe Estelita tentaram entrar nas galerias e participar da votação, mas boa parte foi barrado.
Foto: Blog de Jamildo/cortesia.
Atualizada às 17h42 Sob protestos e após discussão entre a base governista e a bancada da oposição, a Câmara dos Vereadores do Recife aprovou na tarde desta segunda-feira (4), com 22 votos, o projeto 8/2015, de autoria do executivo, que institui e regulamenta o plano específico para o Cais de Santa Rita, Cais José Estelita e Cabanga.
A área abrange o Cais José Estelita, alvo de polêmicas e movimentos de resistência popular.
A celeuma teve início porque a proposta foi colocada em discussão extra pauta.
Os vereadores aprovaram o projeto em primeira e segunda votação.
Agora, o texto segue para sanção do prefeito Geraldo Julio (PSB).
Os vereadores aprovaram o projeto em primeira e segunda votação.
Vinte e dois vereadores votaram no primeiro momento e 23, no segundo.
Era necessário o apoio de 20 membros da Casa.
Agora, o texto segue para sanção do prefeito Geraldo Julio (PSB).
Das galerias, munidos de faixas com críticas à conduta de aprovação do Projeto Novo Recife, membros do grupo Direitos Urbanos tentaram impedir a votação, buscando sensibilizar os vereadores, com gritos contrários ao projeto de lei.
Algumas pessoas tentaram entrar para acompanhar a sessão na Câmara, mas os seguranças da Casa impediram a entrada.
As portas das galerias - única forma da população entrar na Câmara - foram fechadas.
LEIA MAIS: » Geraldo Julio manda plano urbanístico do Cais José Estelita para a Câmara Municipal do Recife » Em audiência, líderes comunitários defendem plano para Estelita, Cais de Santa Rita e Cabanga » Aliado de Daniel Coelho não vota redesenho do Estelita e critica Geraldo Julio.
Efeito das eleições municipais de 2018?
A vereadora Isabella de Roldão (PDT) tentou interceder e impedir a votação.
Houve uma discussão entre ela e o presidente da Casa, vereador Vicente André Gomes (PSB), da bancada governista.
Ela subiu à tribuna pedir para que o projeto não fosse votado. “Essa é a nova política, que trabalha na calada da noite, não para melhorar a cidade, mas para empurrar na base da imposição os seus interesses, independente do bem coletivo.
Como também já era esperado, a Casa José Mariano, que deveria ser a casa do povo, se curvou diante do executivo”, criticou a vereadora, em sua página no Facebook.
Ao longo da sessão, os presentes nas galerias e vereadores, como Isabella de Roldão (PDT) e Marília Arraes (PSB) pediram a abertura das portas trancadas sem qualquer explicação, mas foram ignoradas por Vicente André Gomes.
Contrários ao projeto, a bancada do PT também se retirou da sessão.
Em seguida, o vereador André Régis (PSDB) saiu do plenário.
Alguns aliados do governo votaram e se retiraram rapidamente da Casa José Mariano.
Ao todo, a Câmara do Recife tem 39 vereadores.
Régis criticou o fato de uma matéria ser incluída “extra pauta” durante a sessão sem tempo hábil para que os parlamentares estudassem o conteúdo e formulassem um “voto minimamente consciente”.
Pessoas contrárias ao projeto estão protestando em frente à Câmara.
Foto: Blog de Jamildo/cortesia.
Apesar de os movimentos sociais pedirem que a discussão do projeto começasse do zero, o Executivo já tinha a base governista orientada a não voltar atrás.
O plano modificará o Plano Diretor do Recife (2008) e a Lei de Uso e Ocupação do Solo (1996).
O redesenho do projeto Novo Recife foi apresentado à imprensa no começo de novembro de 2014 e atendeu aos principais requisitos apresentados pela Prefeitura do Recife nas diretrizes urbanísticas para a região, como a diminuição na altura dos prédios que ficam próximos ao Forte das Cinco Pontas, a criação de dois novos binários que levam o fluxo de tráfego para dentro do terreno e a continuação da Avenida Dantas Barreto para que ela vá até as margens da Bacia do Pina. {VEJA PLANO ESPECÍFICO PARA CAIS DE SANTA RITA, CAIS JOSÉ ESTELITA E CABANGA} Mais informações em instantes