Órgãos rivalizam por controle de investigação Na Folha de São Paulo Em parecer ao STF (Supremo Tribunal Federal), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aumentou a pressão para que a corte confirme que cabe ao Ministério Público o controle das investigações de políticos no esquema de corrupção na Petrobras.

Janot pediu ao ministro-relator do caso, Teori Zavascki, que obrigue a Polícia Federal a informar semanalmente à Procuradoria “qualquer acréscimo aos autos do inquérito”.

Segundo ele, o relatório permitiria “o acompanhamento pari passu da investigação” e evitaria prorrogações de prazos.

O texto solicita ainda que “seja determinado à autoridade policial que somente execute as inquirições pendentes mediante prévio ajuste com o procurador-geral sobre tempo, local e configuração dos respectivos atos”.

A medida contraria a da PF, que defende maior autonomia para os delegados nas investigações.

A disputa provocou uma crise com o Ministério Público e já levou à suspensão de depoimentos.

Janot pediu ainda mais 60 dias para a apuração de alguns casos –foram solicitadas prorrogações de 19 dos 26 inquéritos contra políticos.

Os pedidos serão analisados nos próximos dias por Teori.

Ministério Público e PF travam guerra em relação a competências e atribuições nas investigações.

Na Lava Jato, policiais reclamam de a Procuradoria autorizar, por exemplo, que suspeitos escolham onde serão interrogados.