Em 2010, enchentes atingiram a Mata Sul de Pernambuco.

Foto: Guga Matos/JC Imagem.

Anunciadas há três anos pelo então governador Eduardo Campos (PSB), as barragens prometidas na Mata Sul de Pernambuco para combater as enchentes na região chegam à reta final, mas as obras estão marcadas por atrasos.

A de Serro Azul, localizada em Palmares, está com 80% das obras concluídas, de acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco.

Na tentativa de reverter o atraso, a meta é acelerar o ritmo no segundo semestre deste ano.

Serro Azul é a maior das cinco barragens que foram projetadas para acabar com as enchentes na região.

Quando assinou a ordem de serviço, em 2012, Eduardo Campos prometeu que as obras ficariam pronta em 18 meses.

Na passagem do seminário do Todos Por Pernambuco, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões, e o secretário executivo de Recursos Hídricos, Almir Cirilo, realizaram uma visita técnica ao empreendimento, na última sexta (24).

Na ocasião, pactuaram junto à empresa responsável pela obra novo ritmo de trabalho.

Com as obras 80% concluídas, o Governo do Estado garantiu, com recursos próprios, os R$ 90 milhões restantes para o término de Serro Azul.

O investimento em Serro Azul é de R$ 500 milhões (considerando obras, serviços complementares e desapropriação), feitos pelo Ministério da Integração Nacional.

Quando concluído, o empreendimento terá capacidade para armazenar 303 milhões de metros cúbicos de água (m³).

Contará também com um paredão de 65 metros de altura, gerando espelho d’água de 907 hectares se atingida a cota máxima.

IGARAPEBA - Também na Mata Sul, a comitiva da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDEC) vistoriou as obras da barragem de Igarapeba, em São Benedito do Sul.

As obras estão 30% concluídas.

Destinada à contenção de enchentes e também ao abastecimento da região, Igarapeba terá capacidade para armazenar 68 milhões de m³, protegendo de enchentes todos os municípios da bacia do Rio Piranji, como Jaqueira e Catende, e reduzindo o volume de contribuição afluente ao Rio Una, o que significa aumentar a proteção de Palmares, Água Preta e Barreiros.

O investimento é de R$ 139 milhões.