Geraldo Julio é favorável à fusão dos partidos.

Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR O prefeito do Recife, Geraldo Julio, mostrou-se favorável à fusão do PPS com o PSB.

Vice-presidente nacional da legenda, o prefeito não participa da reunião desta quarta-feira (29), em Brasília, para discutir o tema.

Para Geraldo, os dois partidos têm um histórico importante no cenário nacional. “Tem uma história, tem um acúmulo político.

Essa história está sendo discutida dentro da executiva dos partidos - do PPS e do PSB - e a gente vai, a partir da reunião de hoje do PSB, ver os próximos passos que serão dados”, explicou o gestor, durante a inauguração da Jump Brasil, uma aceleradora de negócios do Porto Digital. » PSB já negocia fusão com PPS em Brasília » Com PPS, Eduardo Campos critica economia e não comenta candidatura de Lula Quanto a possíveis mudanças na postura ideológica após a união, Geraldo disse que a fusão não deve implicar alterações políticas, uma vez que duas legendas militam no campo socialista. “O PPS é um partido socialista e nós somos um partido socialista.

A gente quer debater o País, quer debater o futuro da representação política no País, então existe uma proximidade política”, observou.

Com a fusão, o novo partido deverá manter a sigla e o número 40 do PSB.

Dessa forma, configura-se mais uma incorporação do PPS.

Hoje, o PSB detém a 6ª maior bancada da Câmara e a 4ª do Congresso.

O fundo partidário das duas legendas alcançaria R$ 72,33 milhões em 2015, também o quarto maior do País (somando-se os valores do PSB - R$ 54,64 milhões - e do PPS - R$ 17,69 milhões).

Depois da conversa do PSB, o PPS também deverá reunir a sua Executiva para tratar do assunto.

O trâmite burocrático a partir de então segue com a realização de uma reunião nacional de cada uma das legendas e, em seguida, um congresso conjunto, formalizando a junção das siglas.

Aliados na campanha de Marina Silva à presidência da República, PSB e PPS negociam uma fusão para somar forças e ganhar peso no Congresso.

Dirigentes dos dois partidos vão se reunir hoje e esperam concretizar a união em novembro, logo após o segundo turno.

A nova sigla manteria o nome do PSB e teria uma bancada de 44 deputados em 2015 —a quarta maior da Câmara, atrás de PT, PMDB e PSDB.

A promessa é criar uma alternativa à polarização entre petistas e tucanos, seja qual for o presidente eleito.