Cresce formalização das domésticas na RMR.

Foto: Futura Press Levantamento realizado pela Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem) aponta que houve uma maior formalização das relações de trabalho das empregadas mensalistas com o crescimento de 5,6 % em 2014, na comparação com o ano anterior, passando de 35,9% para 41,5%, consequentemente, com maior concentração de mensalistas com carteira de trabalho assinada (41,5%) do que sem carteira (26,6%).

A pesquisa tem abrangência na Região Metropolitana do Recife.

A pesquisa foi feita em parceria com a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação de Pernambuco, a Fundação Seade/SP e o Dieese.

A pesquisa analisa os dados referentes ao trabalho doméstico no mercado de trabalho na RMR com a maior parte dos indicadores em 2013/ 2014, revelando as formas de contratação, região de moradia e trabalho, jornada média de trabalho, rendimento médio real por hora e contribuição para a Previdência Social.

Segundo o levantamento, houve uma elevação no rendimento médio real por hora das mensalistas com e sem carteira de trabalho assinada e diaristas.

No entanto, persiste a precarização da atividade com mais de 90% das mensalistas sem carteira assinada e das diaristas que não contribuem para a Previdência Social.

CENÁRIOS - Em 2014, os serviços domésticos representavam 6,9% do total dos ocupados na RMR, sendo um trabalho tipicamente feminino, com 94,5% dos ocupados inseridos neste segmento, ou seja cerca de 106 mil trabalhadoras.

A maioria deste público está inserido em atividades de serviços gerais.

Ainda compondo pequena parcela nesse segmento, ocupações como babá e cuidadora de idosos demandam maior especialização e, portanto, são as que apresentam maior nível de escolaridade e de remuneração entre as trabalhadoras domésticas.

No ano passado, as mulheres empregadas em serviços domésticos na RMR correspondiam a 14,6% do total de profissionais femininas; índice inferior ao visto em 2013, de 15,5%.

Essa proporção representa o menor valor da série da pesquisa até hoje, e vem caindo desde 2012.