Foto: BlogImagem Do Jornal do Commercio deste sábado (25) Por Paulo Veras Nome histórico do PMDB, o deputado federal Jarbas Vasconcelos questionou a capacidade do vice-presidente Michel Temer, novo articulador político do governo Dilma Rousseff (PT), de solucionar a crise política entre o Palácio do Planalto e o partido, que tem imposto derrotas seguidas ao Executivo no Congresso.
O pernambucano tem classificado o vice-presidente como a “bala de prata” da presidente, porque depois dele, Dilma não teria nenhum outro grande articulador a quem recorrer para retomar o diálogo com o parlamento. “Temer é um homem experimentado. É uma pessoa capaz, do ramo.
Mas não acredito que ele tenha esse desembaraço todo de resolver as coisas do PMDB”, disse Jarbas, após participar de debate no Supermanhã, da Rádio Jornal, com o comunicador Geraldo Freire, o coordenador de conteúdo do SJCC, Ivanildo Sampaio, e o colunista Giovanni Sandes.
Para o ex-governador de Pernambuco, a legenda passa por uma fase de muita ebulição e seria difícil para qualquer pessoa fazer essa condução. “Não vai dar certo porque ele entrou para endireitar o PMDB.
Quem é que vai endireitar o PMDB?”, questiona.
No Congresso, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, dois dos principais líderes do PMDB, têm se enfrentado por conta da votação do projeto de lei que regulamenta a terceirização no Brasil.
Aprovado com pressa na Câmara por ação de Cunha, o projeto deve ter uma tramitação mais lenta no Senado como já anunciou Renan.
Em reação, o presidente da Câmara ensaiou retardar a tramitação de projetos da outra Casa.
Crítico costumeiro de Renan quando era senador, Jarbas defendeu a decisão dele de atrasar a votação das terceirizações: “Acho que é importante demorar.
Aí o Renan tem razão.
Eu não vejo porque no Senado ter o mesmo açodamento que teve na Câmara dos Deputados. É uma matéria polêmica”.
Jarbas votou à favor da regulamentação do trabalho terceirizado, mas ficou contra as emendas votadas há três dias, que permitiam as terceirizações para todas as atividades das empresas.
Ao , o peemedebista criticou a postura de Eduardo Cunha de pressionar o Senado para tentar antecipar a análise da proposta. “Esse desentendimento público, a ameaça de tirar de pauta, de demorar com matéria que venha do Senado, é desagradável.
O momento já está muito ruim, muito medíocre.
E para botar mais mediocridade nisso, não presta”, disparou.
Apesar do apoio, Jarbas se mostrou descrente em relação a postura de moralização de Renan Calheiros. “O Renan está dizendo de forma oportunista que vai aperfeiçoar o projeto”, alfinetou.