Foto: Wagner Ramos/SEI.
O presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindacucar-PE), Renato Cunha, vai entregar ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara, a Carta de Primavera, redigida num encontro do setor sucroenergético com prefeitos da Zona da Mata do Estado no final de março.
A reunião com o governador será às 9h dessa sexta-feira (24.04), em Palmares, município da Zona da Mata Sul localizado a 105 quilômetros do Recife.
A Carta de Primavera foi o resultado de um encontro - na Usina União e Indústria - que reuniu, além das empresas, um grupo de 10 prefeitos da Zona da Mata Sul e Norte.
O município de Primavera fica localizado a 82 quilômetros do Recife.
O documento consolida as principais reivindicações do setor.
Especialmente a execução de políticas públicas já existentes, a exemplo das subvenções do Governo Federal para o etanol e a cana no Nordeste, que estão em vigor, mas não vem sendo pagas.
As subvenções compensam o custo de produção mais elevado nos estados nordestinos que nas outras regiões planas e mecanizadas do país.
São consideradas fundamentais para que a produção de cana e etanol tenha crescimento sustentado no médio e longo prazo, atendendo à expansão da demanda por combustível limpo e mais barato.
Na carta, os prefeitos e as indústrias também pedem políticas públicas para a atual entressafra do setor, que vai de março a agosto, a exemplo da redução do Imposto (ICMS) do etanol para o consumidor final. “Estamos solicitando ao governador medidas em nível estadual e também o apoio para que as subvenções do Governo Federal sejam pagas”, explica Renato Cunha. “As subvenções representam um incentivo econômico fundamental e que podem impulsionar mais de 50 municípios canavieiros em todo o Nordeste”, detalha. “Nesse caso, o governador Paulo Câmara pode nos ajudar com a interlocução junto ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para liberar os recursos que, por lei, são devidos ao setor na região”, acrescenta.
Renato Cunha afirma ter “a confiança de que o governador de Pernambuco e o governo federal não vão assistir, sem tomar uma atitude, a uma maior diminuição de postos de trabalho, de renda e de tributos”.
Ressalta ainda que “o Governo Federal não pode quebrar compromissos previstos em lei, diminuindo a atividade dos agentes econômicos de uma cadeia produtiva que fornece contrapartidas como a geração de 300 mil empregos diretos no Nordeste e representam a arrecadação de tributos federais e estaduais.
Segundo ele, não haverá crescimento da atividade econômica sem investimentos na produção e a importação de energia veicular pode ser evitada.