Petrobras divulga balanço auditado.
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No discurso de apresentação dos balanços auditados da Petrobras, nesta quarta-feira (22), o atual presidente da estatal, Aldemir Bendine, procurou exaltar o sentimento dos funcionários da empresa e recuperar a confiabilidade perdida pela petrolífera.
Os números divulgados apontam que as perdas com corrupção em 2014 equivalem a R$ 6,2 bilhões.
No total, o prejuízo da empresa no ano passado foi de R$ 21,6 bilhões.
O rombo é referente a gastos usados de forma indevida pelos envolvidos na Operação Lava Jato.
Desse total, R$ 3,4 bilhões são referentes aos prejuízos na área de abastecimento - comandada por Paulo Roberto Costa - R$ 2 bilhões são da área de exploração e produção, R$ 700 milhões foram na área de gás e energia e R$ 100 milhões em outras áreas.
Afetada pelo escândalo do petrolão e pela queda no preço do petróleo no mercado internacional, a empresa recorreu a empréstimos internacionais e a bancos estatais para tentar sanear suas contas e manter seu plano de investimento.
O balanço do terceiro trimestre de 2014 saiu com um atraso de quase cinco meses e o prejuízo foi de R$ 5,3 bilhões. “A Petrobras não vai parar.
Não vai dar marcha à ré”, disse presidente da estatal, em discurso antes da divulgação dos dados. “Nosso maior ativo é o nosso quadro de pessoal, que é o maior quadro do mundo nesse setor, são pessoas que darão uma resposta a altura do desafio que estamos enfrentando”, afirmou Bendine, buscando motivar os funcionários.
A metodologia usada para a baixa por corrupção considerou principalmente os depoimentos em delação premiada feitos por executivos que participaram do esquema de corrupção, na Operação Lava Jato.
PREJUÍZO NAS REFINARIAS - As refinarias foram os principais alvo de atuação do esquema de corrupção na empresa.
O adiamento de projetos em refino levou ao reconhecimento de perda de R$ 21,8 bilhões no Comperj, refinaria em construção no estado do Rio de Janeiro, e de R$ 9,1 bilhões na refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco.
Foi reconhecida uma baixa de R$ 3 bilhões relativas à Petroquímica de Suape, em Pernambuco.