Quando foi transferido de Brasília para Pernambuco, Pedro Corrêa veio de Avianca.
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem.
Formado em medicina, o ex-deputado federal pernambucano Pedro Corrêa, do PP, voltou durante breve período a trabalhar como médico radiologista em uma clínica no Agreste Pernambucano, no período em que cumpria pena pelo caso do mensalão.
Agora, detido em Curitiba, na Superintendência da Polícia Federal no Paraná, o ex-parlamentar está amparando os companheiros de cela.
Diabético, Corrêa viajou com uma maleta repleta de remédios para controlar a doença, inclusive antidepressivos.
O primo do ex-parlamentar, Clóvis Corrêa, afastado do caso pela família, conta que o ex-deputado está equilibrado emocionalmente e encarcerado com outros envolvidos no esquema de corrupção da Lava Jato.
Os investigados que já deixaram a cadeira fazem relatos de esgotamento emocional de alguns presos, que imaginavam que passariam pouco tempo na cadeia.
Corrêa atuou fazendo leitura e expedição de laudos técnicos sobre as radiologias digitais.
Na carceragem da PF há outros 14 presos da Lava Jato, incluindo André Vargas e Luiz Argôlo (SD-BA).
A nova fase da Lava Jato investiga desvios também do Ministério da Saúde e da Caixa Econômica Federal. “Pedrinho está bem.
Ainda não foi ouvido, mas está tranquilo.
Ele contou que está receitando remédio antidepressivos para colegas de cela, que estão deprimidos”, relatou o primo, depois de uma conversa com o filho do ex-deputado, o advogado Fábio Corrêa Neto.
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Foto: Guga Matos/JC Imagem.
DEPOIMENTO - Corrêa chegou à Superintendência da PF na última segunda-feira (13) e ainda não tem previsão para prestar depoimento.
A defesa do ex-deputado, representada pelo advogado de Brasília Michel Saliba, está preparando o material.
O juiz federal Sergio Moro, responsável pelas ordens de prisão, afirmou que há provas de que Corrêa recebia “propinas periódicas” decorrentes de desvios na Petrobras até recentemente.