Paulo Câmara defende melhorias nas medidas do ajuste fiscal.

Foto: Edmar Melo/JC Imagem.

Com um orçamento apertado para 2015, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), avalia que o ajuste fiscal, proposto pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT), é importante, mas admite que precisa passar por melhorias no Congresso Nacional.

Nessa quarta-feira (15), Paulo e os outros oito gestores do Nordeste se reuniram com as bancadas em Brasília para discutir projetos de interesse para a região.

O ajuste fiscal também entrou na pauta.

Uma das intenções do encontro era atender a uma orientação feita por Dilma, que condicionou a liberação de novos investimentos para a Região à aprovação do pacote de ajuste fiscal do Executivo, que está emperrado as casas legislativas.

LEIA MAIS: » Paulo Câmara pede união entre governo, prefeitos e deputados para enfrentar crise e desemprego » Deixando ajuste fiscal em segundo plano, Governadores do NE elegem prioridades para atacar no Congresso Para Paulo Câmara, o ajuste fiscal é importante, mas precisa ser melhorado no congresso. “Tem coisas importantes, coisas que são necessárias, mas têm coisas também que precisam ser aprimoradas.

Temos que refletir esse momento em que o País está vivendo, um momento onde o desemprego está aumentando.

Observar muito a questão do auxílio desemprego, porque é um contrassenso mudar as regras de forma tão forte como estão sendo mudadas.

As questões das pensões precisam ser trabalhadas também.

Tem que haver também um ponto de equilíbrio para um pacote que seja a favor do Brasil, na melhoria dos serviços, mas que também não atinjam as pessoas sem pensar nas consequências que alguns ajustes podem trazer”, considerou Paulo Câmara.

Paulo Câmara, Geraldo Julio e Antônio Figueira participam de inauguração de busto de Pelópidas Silveira.

Foto: Edmar Melo/JC Imagem.

Com um cenário de incertezas e com os cofres esvaziados, o governador não esconde a ansiedade para a aprovação do programa.

Quando iniciou o governo, Paulo acreditava que teria à disposição R$ 3 bilhões para investir.

As fontes seriam recursos próprios, convênios com a União e financiamentos.

Quatro meses depois, o cenário mudou.

O governo federal represou os repasses e proibiu empréstimos internacionais para estados e municípios.

Diante dos cortes, sobrou apenas R$ 1 bilhão para 2015. “É importante termos já uma sinalização da aprovação e da forma como será o ajuste será aprovado para a gente saber exatamente o que vai acontecer, quais vão ser os cortes necessários, qual o montante desses cortes.

E também o que que a gente vai contar em relação ao governo federal para 2015.

O governo colocou a questão da aprovação do ajuste fiscal como uma condição para termos respostas a muitas obras que estão em andamento e a obras que vão ser inicializadas.

Então a gente também pede ao congresso o equilíbrio para votar o ajuste”, ponderou o socialista, após assinatura do decreto para instituir o prêmio Pelópidas Silveira.