O pedido de decretação de ilegalidade da greve dos professores, por parte do governo Paulo Câmara, apresentado nesta terça-feira, no TJPE, será apreciado e julgado pelo desembargador Jovaldo Nunes, da corte especial do tribunal.

A expectativa é de que o magistrado decida ainda hoje sobre a representação.

A greve foi decretada na sexta-feira da semana passada e entrou hoje no terceiro dia.

Jovaldo Nunes é ex-presidente do TJPE.

Foi eleito presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco em dezembro de 2011, onde ficou até o ano passado, atravessando boa parte dos anos Eduardo Campos.

Mora há mais de 30 anos no Recife.

Natural da cidade paraibana de Emas, ele nasceu em 1947.

Jovaldo Nunes ingressou na magistratura pernambucana em junho de 1985.

Quando dirigiu o órgão, foi amplamente favorável aos auxílio-moradia e auxílio-livro – benefícios extra-teto – para os magistrados.

Questionado, ele dizia considerar “imprescindível” o auxílio-moradia para os juízes, já que os aluguéis estavam caros.

Jovaldo Nunes já assumiu até como governador, entre janeiro e fevereiro de 2012.

Recém-empossado no Tribunal de Justiça, Jovaldo Nunes assumiu o comando do Estado.

A passagem de cargo se deu porque o governador Eduardo Campos viajou para o Rio de Janeiro, a fim de prestigiar a posse da nova presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, no dia 13 de janeiro de 2012.

Pela lei, o sucessor de Eduardo seria o governador João Lyra, mas ele se recupera de uma cirurgia cardíaca em São Paulo.

Após a passagem pelo Rio, o governador seguiu com o presidente da Alepe, Guilherme Uchoa – o terceiro na linha sucessória – para a capital paulista, a fim de visitar Lyra.

Desapropriação de terrenos para regularização de posse de terra, duplicação de estradas e implantação de Unidade de Pronto Atendimento Especializado (UPAE).

Esses foram alguns despachos de Jovaldo Nunes, no exercício do cargo de governador do Estado.

Em sua interinidade, ele assinou os decretos Nº 37.857, 37.858 e 37.859, publicados no Diário Oficial do Estado, entre outras medidas administrativas.

Com o decreto 37.857, o Governo do Estado regularizou a situação da posse de terra de cerca de 10.500 agricultores da zona rural do município de Ouricuri, no Sertão pernambucano.

Já o decreto 37.858 determinou a desapropriação de terra para construção da UPAE no município de Garanhuns.

A unidade, que vai ocupar uma área de 1.215 m2, foi erguida na margem esquerda da BR-423, no sentido Recife-Águas Belas.