Foto: Zeca Ribeiro – Câmara dos Deputados – 17/12/2014 O ministro Vinícius Lajes, ligado ao presidente do Senado, Renan Calheiros, finalmente está deixando a pasta de Turismo.

A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira que convidou o ex-deputado Henrique Eduardo Alves para assumir o Ministério do Turismo.

A posse do novo ministro ocorrerá nesta quinta-feira, 16 de abril, às 15h.

Como sempre ocorre nestas horas, a presidente agradece a dedicação e lealdade do ministro Vinícius Lajes.Não se sabe o destino do aliado de Calheiros.

Encarregado da coordenação política, Michel Temer já havia dito que Alves voltaria ao governo.

O nome do ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB) como novo ministro do Turismo foi especulado no mesmo dia em que presidência anunciou o filósofo Renato Janine Ribeiro, professor de Ética e Filosofia Política da USP, como titular do Ministério da Educação.

Há mais de um mês.

Nas eleições passadas, o então presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, experimentou a primeira derrota na sua vida política.

Do outro lado, estava um opositor, Robinson Faria, do PSD, turbinado pela ajuda dos petistas.

Os dois estavam empatados na campanha, segundo consta, até que o presidente Lula gravou para o guia para Robinson e definiu a parada, em meio à onda vermelha que tomou conta do Nordeste.

O PT nacional chegou a propor uma aliança com Luiz Henrique Eduardo Alves nas eleições estaduais, mas Agripino Maia, do DEM e um dos coordenadores de Aécio Neves no Nordeste, rechaçou completamente o acordo.

Sem um palanque para Dilma, o PT rumou com Robinson Faria.

Logo depois das eleições, já se especulava que, para aplacar a raiva pela derrota, havia quem defende-se que ele virasse ministro de um eventual governo Dilma.

Só a expectativa já seria uma forma de acalmar o líder do PMDB.

O primo dele, Garibaldi Alves, também do RN, ocupa ministério hoje.

Diferente de Eduardo Cunha, com a caneta na mão, Alves não fez mal criação contra o governo.

Apesar de o ex-deputado ter o nome citado em delação premiada da Operação Lava Jato, o Ministério Público Federal entendeu que não houve indícios suficientes para a abertura de inquérito.