Foto: Aluisio Moreira/ SEI A promessa de corte de ponto dos professores, feita nesta segunda-feira, pela Secretaria de Educação do governo Paulo Câmara (PSB), não é apenas uma ameaça administrativa para acabar com a paralisação.

De acordo com informações extraoficiais, o governador Paulo Câmara vai deixar a folha de pessoal em aberto para poder implementar o corte de ponto dos dias parados dos professores em greve.

O sindicato dos professores, controlado pela CUT, ainda não se pronunciou sobre a medida do corte de ponto.

A greve foi deflagrada na última sexta-feira.

Nesta segunda, primeiro dia de greve, o Estado divulgou que 55% das escolas não aderiram ao movimento.

O levantamento da Secretaria de Educação do Estado informou que 574 unidades não paralisaram suas atividades, 23% pararam parcialmente (239 escolas) e 22% paralisaram totalmente (232 escolas).

O levantamento era referente às aulas do turno da manhã.

Nesta terça-feira, o governo estadual publicou portaria, no Diário Oficial do Estado, sobre os procedimentos em relação à greve dos profissionais da educação do Estado. {TRECHO DO DIÁRIO OFICIAL COM O CORTE DO PONTO PARA PROFESSORES GREVISTAS} A portaria determinar a apuração da frequência dos servidores que não comparecerem nas unidades de trabalho da Secretaria de Educação, por motivo de greve e diz que eles terão o desconto dessas faltas na sua remuneração.

Os servidores contratados temporariamente que aderirem à paralisação poderão ter os seus contratos de trabalho rescindidos.

Os servidores lotados nas escolas de referência que aderirem à paralisação poderão ser removidos para posterior localização em outra unidade de trabalho, sendo aberto processo para a substituição destes.

Numa nota oficial divulgada nesta segunda ainda, o governo justificou a iniciativa alegando que interromper as atividades escolares é uma medida que traz prejuízos principalmente para os alunos, familiares e aos próprios profissionais.

O Governo Paulo Câmara também disse que manifesta a intenção de continuar negociando e e pediu que o Sindicato dos Profissionais em Educação de Pernambuco (Sintepe) interrompa a paralisação. “Nós estamos recorrendo ao bom senso da parcela dos professores que estão em greve para que retomem as suas atividades nas escolas.

A retomada da negociação só será realizada caso haja a suspensão da greve e, consequentemente, retorno ao trabalho”, informou a Secretaria de Educação.