Foto: Tamires Santos/ A2AD O governador Paulo Câmara não terá agenda pública nesta terça-feira (14).

Há um mês parados, docentes de SP xingaram o governador e cercaram carros de comitiva antes de evento na capital Presidente de sindicato diz que essas ações serão repetidas em agendas públicas do tucano pelo Estado Na Folha de São Paulo O governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi hostilizado por cerca de 200 professores grevistas nesta segunda (13), em evento que marcou o início das obras da linha 6-laranja do Metrô, na zona norte de SP.

Essa foi a primeira agenda pública do tucano após a morte do filho, em acidente de helicóptero, há 12 dias.

Ao chegar ao local do evento, o carro do governador foi cercado pelos grevistas, em meio a gritos de protesto, faixas e xingamentos.

Alckmin precisou da ajuda de PMs e seguranças para cruzar o portão da entrada do evento –um futuro canteiro de obras.

Os professores da rede estadual estão em greve há um mês.

Entre outros pontos, cobram um reajuste salarial de 75,33% e o fim do fechamento de salas de aula.

A presidente da Apeoesp (sindicato dos professores estaduais), Maria Izabel Noronha, disse que esse tipo de protesto se repetirá nos próximos eventos no Estado. “Vamos atrás dele [ALCKMIN]em todas [AS AGENDAS].

Isso é justo e foi definido em assembleia.

As salas de aula estão superlotadas, e ele sabe, mas não abre para negociação com a gente”, afirmou.

O sindicato diz que esse pedido de reajuste salarial visa equiparar às demais categorias com nível superior do Estado –o piso dos professores é de R$ 2.415,89.

Em entrevista, o governador lembrou que o último reajuste da categoria ocorreu há menos de um ano, em agosto.

Durante o evento, dois membros do sindicato conseguiram furar o bloqueio e entregaram a pauta de reivindicações ao governador.

A paralisação, segundo o sindicato, tem a adesão de 75% dos professores, enquanto o governo afirma que 91% deles seguem trabalhando.

Alckmin disse que em 2013 um concurso público foi aberto para contratar 66 mil professores. “Já estão trabalhando 28 mil dos 59 mil do ensino médio e segundo ciclo.

A greve é mais dos temporários, quase não existe do professor efetivo”, afirmou o tucano.

Segundo ele, outros 38 mil profissionais vão começar a trabalhar até o meio do ano.

O governador, que chegou ao evento sob protestos, saiu dando tchau para os fotógrafos.

Os manifestantes, que já tinham deixado o local, disseram ter ido embora após serem informados por funcionários da obra que Alckmin já tinha saído.