Do Jornal do Commercio deste domingo (12) Afastados do protagonismo dos protestos contra o governo Dilma, os principais políticos de oposição em Pernambuco buscam se colocar como um canal para viabilizar as demandas dos manifestantes. “Não haverá uma saída para a crise política sem a participação do Congresso.

Então é preciso resolver esse divórcio entre a população e os políticos”, defende Raul Jungmann (PPS).

Nova manifestação contra o governo federal acontece na tarde deste domingo, na Avenida Boa Viagem.

Para Bruno Araújo, presidente do PSDB, a tendência é que os manifestantes comecem a cobrar dos políticos quais serão os próximos passos da sociedade. “No final das contas, quem vai operar qualquer que seja o caminho do País são os agentes políticos”, pondera.

O tucano acredita que a população vai esperar que os políticos indiquem até se há elementos para criminalizar a presidente Dilma. “Há elementos que podem ser colhidos e transformados em um processo de impeachment.

Agora, tudo isso precisa ser feito com base legal, em decisão congressual.

Por muito menos, nós já vimos governadores e prefeitos ficarem sem mandato”, diz.

O deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB) acredita que os atos de hoje vão ser maiores e ampliarão a crise política no país. “Se isso for verdade, termina ela se submetendo ao impeachment. É uma consequência, um filme que a gente está vendo do fim para o começo”, explica.

Para Mendonça Filho, presidente do DEM, os novos movimentos têm uma lógica própria e, por isso, é difícil determinar que caminho seguirão.

Ainda assim, ele acredita que a oposição pode se aproximar dos novos grupos buscando vocalizar a insatisfação da sociedade no Congresso.

Mendonça e Bruno prometem participar do ato de hoje.

Presentes à última manifestação, Jarbas e Jungmann dizem estar analisando se voltarão à praia de Boa Viagem.

Em Pernambuco, o PSDB é o único partido que apoia oficialmente o protesto.