Atualizada às 19h22 O advogado Michel Saliba informou ao Blog de Jamildo, neste domingo, que o escritório Saliba Oliveira & Advogados Associados, do qual é proprietário, foi contratado pela família do ex-deputado federal Pedro Corrêa para proceder à defesa deste, referente à Operação Origem, deflagrada pela Polícia Federal na última sexta-feira, dia 10.

Neste domingo, Pedro Corrêa foi recambiado de Canhotinho, no Agreste do Estado, para o presídio provisório do Cotel, no Recife, de onde será levado de madrugada para Curitiba, a pedido do juiz Sergio Moro, da Lava Jato.

Corrêa foi transferido para o Cotel para ficar mais fácil de ser levado ao Aeroporto dos Guararapes, no Recife, onde embarca, às 6h desta segunda (13), para Curitiba.

Lá, prestará depoimento sobre o esquema de corrupção da Petrobras.

Pedro Corrêa chegou ao Cotel na tarde deste domingo.

Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem. “A declaração do advogado Clóvis Corrêa, primo de Pedro Corrêa, não reflete o pensamento deste, quer em relação à robustez das provas, eis que Clóvis sequer teve acesso aos autos, bem como – e principalmente – em relação à possível prática de delação premiada, algo sequer cogitado pelo ex-parlamentar, que afirma ter agido nos limites legais”, informou. “O verdadeiro advogado de defesa do ex-deputado só se pronunciará oficialmente sobre o caso após a detida análise do corpo dos autos”, informou o advogado brasiliense, inscrito na OAB/DF sob o n.° 24694.

Na sexta-feira, o advogado Clóvis Corrêa, juiz aposentado e primo do ex-deputado, informou no Recife que Pedro Corrêa poderia fazer delação premiada, na tentativa de reduzir a pena do ex-deputado.

O advogado disse que iria sugerir a Pedro Corrêa o acordo porque não lhe restava outra saída.

Na tentativa de reduzir a pena do ex-deputado, o advogado afirmou que vai sugerir a Pedro Corrêa um acordo de delação premiada.

Clóvis foi no sábado ao presídio de Canhotinho, onde se encontrava o ex-parlamentar, para dar a sugestão.

Segundo Clóvis, o primo ouviu os prós e contra da delação premiada e afirmou que iria refletir sobre a proposta. “Ele tem 67 anos de idade, é diabético, tem pressão alta.

O caminho que ele tem é o de colaborar com a Justiça”, disse Clóvis. “Vai passar a República a limpo, se ele contar tudinho”, completou, na sexta-feira.

A sugestão de Clóvis Corrêa, entretanto, não foi bem recebida pela família.

Na sexta-feira mesmo, Fábio Corrêa Neto, filho de Pedro Corrêa, após sair do prédio da Polícia Federal, no Recife, onde prestou depoimento, ao lado da mulher, acusada de ser usada como laranja pelo sogro, prometeu processar o juiz Sérgio Moro, do Paraná.

Juiz da Lava Jato pede autorização ao STF para transferir Pedro Corrêa para Curitiba Juiz Sérgio Moro faz duras críticas a Pedro Corrêa ao decretar sua prisão na Lava Jato.

Veja a íntegra do despacho Nora do deputado Pedro Corrêa presta depoimento nas investigações da Lava Jato No dia de seu aniversário, Pedro Corrêa vai para presídio em Canhotinho Quando foi transferido de Brasília para Pernambuco, Pedro Corrêa veio de Avianca.

Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem.

Saliba foi advogado de André Vargas Saliba é ex-presidente da subseção de Curitiba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/PR), onde se desenrola a apuração da Lava Jato.

O advogado era o defensor de André Vargas no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que decidiu pela cassação de seu mandato.

Na sessão, seu advogado Michel Saliba roubou a cena.

Saliba trabalhou para tentar procrastinar a decisão do colegiado e em dado momento bateu boca com uma servidora da Câmara e bradar: Nem o júri me cala.

Advogado de Natan Donadon Quando Henrique Eduardo Alves, do PMDB, dirigia a Câmara dos Deputados, Michel Saliba Oliveira também fez a defesa do deputado Natan Donadon, cassado no começo de 2014, em votação aberta, por 467 votos e uma abstenção.

Preso então há quase oito meses por desvio de recursos públicos, Natan Donadon (ex-PMDB-RO) teve o mandato cassado pela Câmara dos Deputados, por ampla margem.

O mesmo grupo de 512 deputados federais que o havia absolvido em agosto de 2013, em votação secreta, adotou postura diferente, na primeira vez que o Congresso analisou a perda de mandato de um congressista em votação aberta.

Em 2010 foi condenado a 13 anos, 4 meses e 10 dias prisão em regime fechado pelo Supremo Tribunal Federal por peculato e formação de quadrilha.

Após aguardar o julgamento dos recursos em liberdade, teve a prisão decretada em 26 de junho de 2013.5 Dois dias depois tornou-se o primeiro deputado em exercício, desde a Constituição de 1988, a ser preso por ordem do Supremo Tribunal Federal.

Desde então, cumpre a sentença no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.

Passagem pela PF e Sérgio Moro Por uma destas ironias do destino, o advogado Michel Saliba tem um passado polêmico, acusado de envolvimento em esquema de fraude ao erário e com passagem pela Polícia Federal.

Em 2005, chegou a ser preso por ordem do juiz Sérgio Moro, na esteira da operação Big Brother, em torno de fraude com títulos.

Em abril de 2005, os presos conseguiraem liberdade no TRF-4, com sede em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e jurisdição nos três estados do Sul do Brasil.

Veja aqui.

Os presos na operação Big Brother, que investigava uma quadrilha suspeita de aplicar fraude milionária contra a Petrobras e a Eletrobrás, foram liberados pela 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

O Habeas Corpus beneficiava os advogados Michel Saliba Oliveira, presidente da Subseção de Curitiba da OAB, Sílvio Carlos Cavagnari, João Bosco de Souza Coutinho e José Lagana, e o técnico em informática João Marciano Oddpis, presos preventivamente desde fevereiro.

De acordo com a denúncia, os acusados usavam títulos públicos a fim de liberar dinheiro das empresas e transferir esses recursos do Banco do Brasil para contas de terceiros.

Um dos casos averiguados envolveria a tentativa de liberação de mais de R$ 100 milhões da Eletrobrás.

A sigla do banco (BB) deu origem ao nome da operação.

As informações são do TRF-4.