Pedro Corrêa está na lista da 11ª fase da Operação Lava Jato.
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem Atualizada às 10h21 Por Marcela Balbino, repórter do Blog Condenado no processo do mensalão, o ex-deputado Pedro Corrêa (PP), 66 anos, também está envolvido nas denúncias de corrupção da Petrobras.
Nesta sexta-feira (10), o ex-presidente nacional do PP teve novo mandado de prisão decretado, desta vez na 11ª fase da Operação Lava Jato, intitulada A Origem.
Corrêa cumpre pena no presídio de Canhotinho, no Agreste de Pernambuco, desde janeiro de 2014.
O juiz aposentado Clóvis Corrêa, primo do ex-deputado, afirmou que conversou com a direção do presídio de Canhotinho e a informação é que o ex-parlamentar permanece na unidade até chegar em Pernambuco novo mandado de prisão.
Por enquanto, ele não deve seguir para Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Segundo Clóvis, agentes da Polícia Federal vasculharam dois apartamentos em Boa Viagem, de Pedro Corrêa e do filho, Fábio Corrêa Neto.
A intenção era recolher computadores e documentos, que possam provar o envolvimento do ex-deputado no esquema de corrupção na Petrobras.
No Recife, agentes da Polícia Federal vasculham casa de Pedro Corrêa.
Foto: Guga Matos/JC Imagem.
LEIA MAIS: » No dia de seu aniversário, Pedro Corrêa vai para presídio em Canhotinho » Juiz Luiz Rocha, de execuções penais, é afastado do caso Pedro Corrêa pelo TJPE » Em Pernambuco, Justiça autoriza Pedro Côrrea a trabalhar como médico radiologista em Garanhuns “Fábio Corrêa Neto [filho do ex-deputado] e a esposa estão na Polícia Federal para colaborar com as investigações”, explicou o juiz aposentado, acrescentando que havia orientado o ex-deputado a prestar esclarecimentos a Sérgio Moro, juiz federal responsável pelos processos da Operação Lava Jato.
O ex-deputado do PP foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e, de acordo com Clóvis Corrêa, já pagou a primeira parcela da multa de R$ 2,8 milhões, no valor de R$ 47 mil.
Foto: Guga Matos/JC Imagem.
Em fevereiro, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, em depoimento prestado aos investigadores da Operação Lava Jato, citou o envolvimento de Pedro Corrêa no esquema de corrupção da estatal.
Segundo Paulo Roberto Costa, o valor foi repassado no primeiro semestre de 2010 e serviria para a campanha eleitoral de Corrêa naquele ano.
Na 11ª fase da Lava Jato, cerca de 80 policiais federais cumprem 32 mandados judiciais: sete de prisão, nove de condução coercitiva e 16 de busca e apreensão nos estados do Paraná, da Bahia, do Ceará, de Pernambuco, do Rio de Janeiro e de São Paulo e no Distrito Federal.
Segundo a PF, também foi decretado o sequestro de um imóvel de alto padrão na cidade de Londrina, no Paraná.