A esposa do filho do advogado Pedro Corrêa Neto (foto) presta esclarecimentos na sede da PF no Recife.
Foto: Guga Matos/JC Imagem.
O superintendente da Polícia Federal (PF) em Pernambuco, Marcello Diniz Cordeiro, informou que o ex-deputado do PP Pedro Corrêa não será transferido do presídio de Canhotinho, no Agreste, para Curitiba, sede da operação Lava Jato.
Ao menos até chegar o mandado de prisão expedido pela Justiça, do Paraná ou do Recife.
Na manhã desta sexta-feira (10), a nora do ex-deputado Márcia Correa de Oliveira foi levada à sede da Polícia Federal (PF) no Recife para prestar depoimento.
Diniz explicou que há um mandado de condução coercitiva emitido contra ela, mas evitou comentar os motivos.
Márcia chegou acompanhada pelo marido, Fábio Corrêa, que é advogado da família, e deve ser liberada em seguida.
Agentes da Polícia Federal vasculharam dois apartamentos em Boa Viagem - um deles é do filho de Pedro Corrêa - para recolher computadores e documentos que possam contribuir com as investigações.
A Polícia Federal desencadeou, nesta sexta-feira (10), o que seria a 11ª fase da Operação Lava Jato – “A Origem”.
Cerca de 80 Policiais Federais cumprem 32 mandados judiciais: sete mandados de prisão, nove mandados de condução coercitiva e 16 mandados de busca e apreensão nos estados do Paraná, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.
De acordo com a Polícia Federal do Paraná, o ex-deputado Pedro Corrêa e alguns dos seus assessores receberam dinheiro ilegal do doleiro Alberto Youssef.
A PF afirmou que possui um laudo pericial onde estão anexados vários comprovantes de depósitos de Youssef feitos diretamente na conta do ex-deputado.
A investigação também levou em consideração o aumento do patrimônio de Pedro Corrêa sem cobertura legal.
Condenado no processo do mensalão, o ex-deputado Pedro Corrêa (PP), 66 anos, também teve o nome envolvido nas denúncias de corrupção da Petrobras.
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Veja a íntegra do despacho O ex-deputado do PP foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e, de acordo com Clóvis Corrêa, já pagou a primeira parcela da multa de R$ 2,8 milhões, no valor de R$ 47 mil.
Policiais federais recolheram documentos no apartamento do filho de Pedro Corrêa, em Boa Viagem.
Foto: Guga Matos/JC Imagem.
Em fevereiro, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, em depoimento prestado aos investigadores da Operação Lava Jato, em delação premiada, citou o envolvimento de Pedro Corrêa no esquema.
Segundo Paulo Roberto Costa, o valor foi repassado no primeiro semestre de 2010 e serviria para a campanha eleitoral de Corrêa naquele ano.
Veja entrevista com Superintendente da PF em Pernambuco: