Pedro Corrêa está na lista da 11ª fase da Operação Lava Jato.

Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem Com informações da Agência Brasil e do Blog O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, pediu nesta sexta-feira (10) ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para efetivar o mandado de prisão e transferir o ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP) para a carceragem da Polícia Federal, em Curitiba.

No início da manhã, o Superintendente da Polícia Federal de Pernambuco, Marcello Diniz Cordeiro, afirmou que ainda não tinha sido comunicado sobre a transferência do ex-deputado, mas acrescentou que seguiria as orientações da Superintendência de Curitiba. “Estamos esperando o mandado de prisão expedido pela Justiça, do Paraná ou do Recife, para realizar a transferência do ex-deputado”, explicou. » Juiz Sérgio Moro faz duras críticas a Pedro Corrêa ao decretar sua prisão na Lava Jato.

Veja a íntegra do despacho » Nora do deputado Pedro Corrêa presta depoimento nas investigações da Lava Jato » No dia de seu aniversário, Pedro Corrêa vai para presídio em Canhotinho Corrêa teve mandado de prisão expedido nesta manhã na 11ª fase da Lava Jato, mas cumpre pena em regime semiaberto, em Pernambuco, pela condenação na Ação Penal 470, o Processo do Mensalão.

O pedido de autorização foi remetido ao ministro Luís Roberto Barroso, responsável pela execuções penais do condenados no processo. “Considerando que o investigado cumpre pena em virtude de condenação desse Supremo Tribunal Federal, solicito autorização para o cumprimento do mandado de prisão, bem como para a remoção de Pedro da Silva Corrêa de Oliveira Andrade Neto para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba”, diz o pedido do juiz.

No despacho em que determinou a prisão, Moro disse que Pedro Corrêa é recorrente em escândalos políticos.

O juiz fundamentou a ordem de prisão no risco à ordem pública e disse que há indícios que o ex-deputado continuou recebendo propina do esquema de desvios da Petrobras, mesmo durante o julgamento da Ação Penal do Mensalão, no STF.

Segundo Moro, a conduta de Corrêa mostra “desprezo” às leis e ao Supremo. “A prova do recebimento de propina mesmo durante o processamento da Ação Penal 470 reforça os indícios de profissionalismo e habitualidade na prática do crime, recomendando, mais uma vez, a prisão para prevenir risco à ordem pública.”, disse Moro.

A defesa de Corrêa afirmou que não vai se manifestar até tomar conhecimento das acusações.

Veja entrevista com o Superintendente da PF de Pernambuco: