Por Laerte Pinheiro, especial para o Blog de Jamildo Com alarde, a vereadora do Recife, Marília Arraes (PSB), usou de uma metáfora para definir a atuação do governador Paulo Câmara (PSB) nos primeiros cem dias de governo. “O que temos é uma sucessão de crises.

Paulo Câmara é como um botão de comando.

Precisa que alguém aperte, mas não tem ninguém para apertar”, definiu Marília, em uma rede social.

Na campanha estadual, o comitê do socialista amanhaceu um dia com uma cadela vira-lata amarrada e batizada com o nome da aliada arredia.

Ninguém assumiu a autoria.

Também muros de familiares foram pintados com agressões baratas à vereadora.

Ninguém nunca assumiu o ataque covarde.

De malas prontas para sair do PSB, Marília Arraes retoma as críticas que fez na campanha de 2014 sobre a personalidade de Paulo Câmara.

Na ocasião, disse várias vezes que Paulo Câmara tinha vocação para ser comandado, não para comandar.

Ela votou no adversário do socialista, depois de ter sido preterida para um mandato federal.

Para Marília Arraes, o governador está tendo dificuldades pela falta da liderança de Eduardo Campos.

Apesar de ser do mesmo partido do governador, Marília Arraes está rompida desde que não teve seu nome viabilizado para se candidatar à deputada federal em 2014, na pré-campanha.

A vereadora queria que o primo Eduardo Campos (PSB) lhe transferisse uma parte do chamado “espólio” eleitoral de Ana Arraes, sua tia, que foi a deputada mais votada em 2010.

Ana Arraes não seria candidata à reeleição, pois assumiu uma vaga de ministra do TCU.

Logo depois de ter de desistir da candidatura em 2014, Marília Arraes surpreendeu o mundo político ao anunciar, em coletiva de imprensa, apoio a Dilma (PT), para presidente, Armando Monteiro Neto (PTB), para governador, e João Paulo (PT), para senador.

Todos adversários no projeto político de Eduardo Campos.

Mesmo com o falecimento do primo, em trágico acidente de avião em agosto, Marília Arraes manteve seu posicionamento e participou ativamente dos atos de campanha de adversários do PSB.

Especulações de bastidores informam que Marília Arraes pensa em se filiar a outro partido, até outubro deste ano, prazo da lei eleitoral para se candidatar a reeleição em 2016.