A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, divulgou na terça-feira, 7, em São Paulo, o desempenho do setor automotivo em março e no primeiro trimestre.
Segundo a entidade o licenciamento de autoveículos no terceiro mês do ano registrou 234,6 mil unidades, alta de 26,2% em relação a fevereiro com 185,9 mil veículos.
No comparativo com março do ano passado a retração foi de 2,6% com 240,8 mil unidades no período.
No acumulado do ano, o setor automotivo emplacou 17% a menos do que no ano passado: 674,4 mil unidades este ano e 812,7 mil em 2014.
Para Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, o resultado positivo de março ante fevereiro era esperado: “É preciso lembrar que em 2014 as festividades do Carnaval ocorreram em março, enquanto neste ano foram em fevereiro.
O fato é que o desempenho do primeiro trimestre confirma a complexidade conjuntural que estamos vivenciando, com diversos fatores com impacto direto na confiança do consumidor e dos investidores”.
A produção no terceiro mês apresentou contração de 7% com relação a março do ano passado – 253,6 mil unidades contra 272,8 mil – e elevação de 22,9% frente a fevereiro de 2015, quando saíram das linhas de montagem 206,3 mil autoveículos.
O total de unidades produzidas no trimestre ficou 16,2% abaixo do mesmo período de 2014: foram 663,1 mil unidades este ano contra 791,7 mil no ano passado.
As exportações registraram crescimento de 6,3% na somatória dos primeiros três meses, com 79,4 mil unidades este ano ante 74,6 mil do ano passado.
Ao se comparar as 32 mil de março frente as 23,4 mil do mesmo período de 2014 o acréscimo foi de 36,8%.
No comparativo com fevereiro, quando 31,3 mil veículos deixaram o País, a expansão foi de 2,4%.
Nova projeção A Anfavea revisou sua previsão de licenciamento, vendas internas e produção de autoveículos e máquinas autopropulsadas para 2015.
Na visão do presidente da entidade, Luiz Moan Yabiku Junior, o desempenho do primeiro trimestre ficou abaixo das expectativas e motivaram a revisão dos dados: “Não tínhamos dúvidas que estes primeiros três meses seriam extremamente difíceis, mas a conjuntura dos fatos nos faz revisar as projeções.
Entendemos a necessidade dos ajustes na economia e temos a expectativa de que eles sejam concluídos o mais rápido possível para que as atividades como um todo sejam retomadas”.
Para autoveículos, que engloba automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, a entidade projeta para este ano queda de 13,2% no licenciamento, crescimento de 1,1% nas exportações e declínio de 10% na produção.
Já para o segmento de máquinas agrícolas e rodoviárias, a estimativa é de recuo de 19,4% nas vendas internas, de aumento de 1% nas exportações e de retração de 16% na produção.