Por Laerte Pinheiro, especial para o Blog de Jamildo Assessor comissionado do deputado estadual Edilson Silva (PSOL), o “ativista” Leonardo Cisneiros “se especializou” em fazer comentários jocosos e depreciativos nas redes sociais contra os colegas de seu chefe, os demais deputados estaduais.
Dentre os vários episódios, está uma crítica ao deputado Aluísio Lessa (PSB).
Ao ouvir um discurso de Lessa numa comissão, defendendo que o Arco Metropolitano passe por Aldeia, Cisneiros chamou o discurso do deputado de “bizarrice”. “Olha, é complicado…
Já teve a bizarrice na última reunião da Comissão de Meio Ambiente de um membro titular (o Aluizio Lessa)”, disse Cisneiros, numa rede social, escrevendo o nome do parlamentar com erro de grafia.
A mais recente “vítima” do assessor comissionado foi o deputado Lucas Ramos (PSB).
Lucas elogiou as duas colegas Raquel Lyra (PSB) e Priscila Krause (DEM), como únicas mulheres a comporem a mesa da Comissão de Finanças, em uma reunião.
O gesto de deferência amigável do deputado às duas colegas não passou pelo crivo do comissionado, que criticou Lucas Ramos por fazer o elogio numa sessão que discutia o orçamento.
Para o comissionado, a sessão era tão importante que não permitia o momento de elogio.
Um dos alvos mais constantes das críticas de Cisneiros é o presidente da Casa, Guilherme Uchoa (PDT). “Beijo, Cleiton Collins!
Beijo, Guilherme Uchoa!
Beijo, bancada do atraso!”, postou na rede social.
A pecha de “atraso” ao presidente da Casa foi decorrente do apoio ostensivo de Uchoa à bancada evangélica, quando da rejeição da Frente Parlamentar LGBT.
A bancada evangélica da Alepe também é frequentemente criticada pelo assessor, com textos pejorativos.
Informações de bastidores dão conta que o comissionado quer ser candidato prioritário do PSOL a vereador do Recife em 2016, passando a frente de vários membros fundadores do PSOL no Estado.
Leonardo Cisneiros é integrante do Ocupe Estelita e professor da Universidade Rural de Pernambuco.
Em meio às discussões sobre a aprovação do projeto Novo Recife, o auxiliar de Edilson sempre adotou um tom crítico em relação às gestões do PSB, tanto na esfera estadual quanto na municipal.
Veja a resposta do comissionado abaixo, atualizada às 19:44 Caro Jamildo, Em resposta à postagem, em seu blog, de um texto assinado por Laerte Pinheiro sobre as críticas que faço à atuação de alguns deputados em meu perfil do Facebook, em respeito à pluralidade de opiniões, tenho pouco a acrescentar.
Nos meus comentários, exerço meu direto de cidadão.
Nenhum deles foi apócrifo.
Lembro-o que os alvos das críticas são ocupantes de cargos eletivos e públicos em sua atuação pública em diversos espaços da Assembleia.
Portanto, nada mais natural e salutar para uma democracia do que a manifestação voluntária sobre a atuação política e parlamentar dos que ocupam cadeira na Assembleia Legislativa.
E além disso, nada mais favorável à democracia e à transparência que tanto se cobra da ALEPE do que relatar “em tempo real”, de um ponto de vista misto entre comissionado e cidadão, alguns detalhes do dia a dia parlamentar.
Creio que você, como jornalista, haverá de concordar.
Essa atuação está sintonia com o objetivo de Edilson de fazer um mandato focado na transparência, na participação social, e foi por isso que ele buscou montar uma equipe plural, qualificada do ponto de vista técnico e político, com raízes em diversas mobilizações da sociedade.
Não há uma relação de tutela entre parlamentar e auxiliar, há sim um trabalho em equipe que tem como principal objetivo catalizar uma colaboração ainda mais ampla, para além do gabinete.
Em relação ao Ocupe Estelita, esta é uma luta coletiva, plural, bastante ampla, pelo direito à cidade, que é a resultante das preocupações dos mais diversos atores, das mais diferenciadas afinidades políticas.
Eu sou somente um dentre milhares, lado a lado inclusive de pessoas que assumidamente votaram no atual prefeito.
Por mais que se tente, o Ocupe Estelita e o Direitos Urbanos não se encaixam em moldes tradicionais convenientes e quanto mais se tenta enquadrá-los, mais se perde de vista a diversidade de onde emerge a nossa força.