Foto: @blogdoplanalto/Twitter Após todo o mal estar político causado pelo ex-ministro da Educação Cid Gomes (PROS), a presidente Dilma Rousseff (PT) fez questão de destacar que havia escolhido um professor para o cargo ao empossar o novo titular da pasta, Renato Janine Ribeiro, no final da manhã desta segunda-feira (6). “Quem poderia ser mais indicado para comandar toda essa transformação nesse momento do que um professor?”, questionou Dilma. “Para comandar uma pátria educadora, eu convidei um professor”, disse em seguida, ao compará-lo com educadores como Paulo Freire e Darcy Ribeiro. “Ele é uma feliz novidade porque é um ministro educador em uma pátria educadora”, completou a presidente.

Apesar de destacar o papel técnico do novo ministro, Dilma não deixou de elogiar Cid Gomes, que renunciou ao cargo após ir ao Congresso e, com o dedo em riste, acusar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de ser “achacador”, termo que designa aqueles que praticam extorsão. “Minhas primeiras palavras são de agradecimento a Cid Gomes por ter cancelado seus projetos pessoais, há muito tempo acalentados, para assumir o desafio de ser ministro da Educação”, afirmou a presidente.

AJUSTES E PETROBRAS - Durante a posse do novo ministro, a presidente voltou a garantir que a crise econômica do País não terá impacto na educação. “Garanto aos brasileiros que a necessidade de promover ajustes na nossa economia não afetará os programas essenciais e estruturantes do MEC”, disse.

Ao falar sobre os recursos do pré-sal, Dilma também aproveitou a ocasião para se esquivar das críticas aos desvios no setor do petróleo. “A luta para a recuperação da Petrobras está em curso. É minha, é do meu governo e interessa a todo o povo brasileiro”, assegurou.

EIXOS - A presidente citou os quatro eixos fundamentais da educação do País nos próximos anos que espera que Janine coloque em prática: cooperação para fazer com que escolas geridas por estados e municípios tenham padrão federal; mudança na base curricular comum no ensino básico; ampliar a formação e a valorização das carreiras de diretores e professores; e estimular o uso de tecnologias e técnicas em sala de aula. “Estou convencida de que será como uma pátria educadora que o Brasil dará o salto imprescindível para se tornar, finalmente, uma nação desenvolvida e, ao mesmo tempo, justa com o seu povo”, declarou a presidente.

Renato Janine Ribeiro preferiu não discursar na cerimonia.

Dilma participou do ato acompanhada do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT), e do vice-presidente, Michel Temer (PMDB).