Foto: Andrea Rego Barros/PCR Criado pela Prefeitura do Recife na gestão João Paulo (PT), em 2001, o Orçamento Participativo (OP) ainda deixa demandas atrasadas 14 anos depois, e mesmo tendo sido transformado em Recife Participa pelo atual prefeito, Geraldo Julio (PSB).

Quando tomou posse em 2013, Geraldo Julio anunciou que haviam 1.045 obras do antigo OP que haviam sido aprovadas e não tinham saído do papel na gestão municipal.

Dessas, 320 projetos foram escolhidos como prioritários pela atual gestão.

Nos dois primeiros anos do mandato, a atual gestão diz ter concluído 61 dessas obras e ações prioritárias; em um investimento de R$ 38.125.067,27 milhões.

Outras 84 demandas foram colocadas em andamento, mas ainda não foram concluídas.

Nesse caso, os investimentos somam R$ 683.306.933,68 milhões.

As ações prioritárias ficam são acompanhadas diretamente no sistema de monitoramento em constante da Secretaria Municipal de Planejamento, ao qual o prefeito tem acesso.

Foto: arquivo JC Imagem Na época do Orçamento Participativo, os delegados votavam em quais obras queriam que a prefeitura realizasse e, as vitoriosas, entravam no orçamento da gestão municipal, que nem sempre tinha como realizá-las.

O problema é que quando não havia dinheiro para custeá-las, as obras iam ficando para o próximo ano.

Se arrastaram assim pelas gestões de João Paulo e João da Costa (PT).

Das 1.045 ações recebidas por Geraldo Julio, apenas 180 possuíam projeto executivo.

Para evitar o excesso de demandas, quando instituiu o Recife Participa, Geraldo determinou que as ações debatidas poderão ou não ser adotadas pela PCR, sem obrigatoriedade.

Há 12 dias, quando deu início à nova rodada do Recife Participa, o secretário de Governo do Recife, Sileno Guedes (PSB), falou com o Blog de Jamildo sobre a preocupação com os pedidos atrasados. “O prefeito tem o desejo de avançar muito nas demandas do OP”, garantiu. “Até porque as pessoas se mobilizaram, saíram de casa e foram lá escolher as suas prioridades para o Recife”, explicou.