Foto: Cecilia Sá Pereira/divulgação O ano de 2014 foi tido como o pior nas transferências da União para o Governo de Pernambuco, segundo o secretário estadual da Fazenda, Márcio Stefanni.

No ano passado, a transferência direta de recursos do governo federal para o Estado caiu de R$ 0,88 bilhão para R$ 0,47 bilhão.

A redução de mais de 46% correspondeu a 419,9 milhões de reais.

Ao falar sobre o cenário nacional, o secretário lembrou a guinada na política econômica causada pela saída do heterodoxo ministro da Fazenda, Guido Mantega. “O novo ministro é extramente, extremamente, extremamente ortodoxo.

E eu ainda estou economizando na ortodoxia dele”, avaliou.

Os números fazem parte do balanço anual das contas do Estado, apresentados nesta quarta-feira (1º) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

As receitas correntes, decorrentes da arrecadação de impostos, cresceu de R$ 24,1 bilhões para R$ 28,6 bilhões.

No ano passado, o ICMS cresceu 8,3%; o FPE cresceu 9% e as outras fontes de arrecadação avançaram 8,9%.

Veja a apresentação com os dados fiscais do Governo de Pernambuco em 2014: Mesmo assim, as despesas totais tiveram um crescimento.

Passaram de R$ 27,1 bilhões para R$ 29,6 bilhões.

O aumento foi de mais de 9%.

A captação de crédito também caiu.

Eram R$ 2,9 bilhões em 2013 e ficaram em R$ 1,9 bilhão em 2014.

A redução representa 35,1%.

O dinheiro colocado em investimento caiu R$ 315,1 milhões.

Em 2013, o Governo de Pernambuco havia injetado R$ 2,8 bilhões.

No ano passado, foram R$ 2,5 bilhões.

O gasto com pessoal foi de R$ 8,5 bilhões e fechou 2014 representando 46,24% da Receita Corrente Líquida (CRL).

Em 2013, era 44,90%, e em 2007, de 41,52%.

Já o dinheiro disponível no caixa do Estado foi de R$ 873,4 milhões.

De 2013 para 2014, havia ficado R$ 2,3 bilhões na conta. “Não houve rombo.

Nós trouxemos R$ 873 milhões para 2015”, disse o secretário.

Após a cobrança da oposição sobre a melhoria dos gastos do governo e a preocupação com o aumento do endividamento, o líder do Governo, Waldemar Borges (PSB), alertou que as pessoas não podem achar que se administra o Estado como se administra uma padaria.