Foto: Diego Nigro/JC Imagem Aprovado em primeira discussão nessa terça-feira (31), o projeto do governo que reajusta o piso dos professores estaduais, e é criticado pela categoria, volta a ser votado pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) na sessão desta quarta-feira (1º).

Se aprovado na segunda votação, a proposta segue para redação do texto final e vai para a sanção do governador Paulo Câmara (PSB).

Na primeira votação, o projeto foi aprovado por 27 votos a 11.

A proposta fixa o piso dos professores em R$ 1.917, atendendo à legislação federal.

O reajuste é de 13,01% para um grupo de 1.777 professores e de 0,89% para outros 2.281 docentes.

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Líder do governo sai em defesa » Professores da rede estadual fazem paralisação nos dias 8 e 9 de abril » Pernambuco não pode dar aumento para professores porque ultrapassou limite de gastos, diz secretário O Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Pernambuco (Sintepe) critica o fato de que apenas 4 mil professores terão seus salários reajustados, num universo de 45 mil.

O sindicato também questiona o fato de que os docentes que possuem Ensino Superior e aqueles que têm apenas formação em Ensino Médio ganharão o mesmo piso.

Segundo o Governo do Estado, o reajuste da categoria será discutido em junho, na data-base, após o fechamento do primeiro quadrimestre fiscal.

O secretário estadual de Administração, Milton Coelho (PSB) já admitiu que o aumento não pode ser dado agora porque o Palácio do Campo das Princesas estourou o limite prudencial com gasto de pessoal definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

A oposição critica o governador Paulo Câmara e diz que ele usou o rolo compressos para aprovar a medida.

Os oposicionistas também lembram que, na campanha eleitoral, ele prometeu dobrar os salários dos professores ao longo dos seus quatro anos de gestão.