Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB.
Foto: Divulgação No programa político que o PSB levará ao ar nos rádios e TVs nesta quinta-feira (2), o PSB vai criticar o ajuste fiscal do governo federal promovido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com o aval da presidente Dilma Rousseff (PT).
O partido, porém, não adianta se votará contra ou à favor das Medidas Provisórias do ajuste fiscal que tramitam no Congresso. “O governo deu uma guinada claramente conservadora.
O país não pode abrir mão de um pensamento de esquerda e o PT se rendeu”, adianta o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira.
O PSB quer explorar o nicho de ser um partido de esquerda a fazer oposição ao PT.
A legenda vê um vácuo na defesa das posições tradicionais da esquerda porque o governo do PT passou a adotar uma agenda que prevê a redução de programas voltados para estudantes carentes, desempregados e pensionistas.
LEIA TAMBÉM: » Queremos Renata Campos na cena política, diz presidente nacional do PSB » Enquete: Renata Campos deve participar mais da política? » Na TV, Paulo Câmara repete Eduardo e critica concentração de recursos na União “O que está levando a população às ruas não é apenas a crise ética, é a insatisfação profunda com as mudanças na economia.
Estão limitando o seguro-desemprego no momento em que o desemprego deve subir, por exemplo”, critica Siqueira.
O programa também deve demonstrar simpatia com os movimentos de rua que criticam a presidente Dilma, mas sem apoiar um eventual pedido de impeachment. “O impeachment nasce das ruas e de fatos objetivos que comprometem a Presidência.
São dois fatores condicionantes que jamais podem andar em separado.
Não identificamos base legal para um impeachment”, diz Siqueira.
PAULO E RENATA - Além de Carlos Siqueira, outras seis pessoas devem falar no vídeo, que será antecipado à imprensa nesta quarta-feira (1º).
As principais falas devem vir dos três governadores socialistas: Paulo Câmara (Pernambuco), Ricardo Coutinho (Paraíba) e Rodrigo Rollemberg (Distrito Federal).
A ex-primeira-dama de Pernambuco Renata Campos vai lembrar do marido, Eduardo Campos, morto em plena campanha presidencial no ano passado, e defender algumas de suas propostas.
O presidente nacional do PSB diz que quer trazer Renata para a cena política.
Pró-PSDB, o vice-governador de São Paulo, Márcio França, também vai discursar, assim como o ex-deputado Beto Albuquerque, que foi vice de Marina Silva na última campanha presidencial.