Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula Em meio à crise que traga o Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conclamou dirigentes petistas a “levantarem a cabeça” e “irem à luta” na criação de uma estratégia para reduzir os danos causados à imagem do partido. “O PT não pode ficar acuado diante dessa agressividade odiosa”, disse o ex-presidente, segundo relatos de alguns dos presentes.
Com o aval de Lula e do presidente nacional do PT, Rui Falcão, os dirigentes estaduais petistas aprovaram um manifesto no qual defendem que é hora de a legenda “sair da defensiva”, “assumir responsabilidades” e “corrigir erros”.
Entre as medidas, Lula pediu o aprofundamento das relações do PT com os movimentos sociais via CUT (Central Única dos Trabalhadores), apoiando as manifestações organizadas pelas centrais e ampliando as alianças petistas.
LEIA TAMBÉM: » Para enfrentar crise política, dirigentes defendem que PT “corrija rumos” e “saia da defensiva” » Leia a íntegra do manifesto lançado pelo PT Falcão afirmou que o PT já pediu à presidente Dilma Rousseff (PT) que volte a receber lideranças dos movimentos sociais e recrie as chamadas conferências nacionais, promovidas durante os dois mandatos de Lula.
Outra defesa de Falcão foi o fim das doações empresariais para o partido.
A proposta foi debatida no encontro desta segunda mas só será discutida formalmente na reunião do diretório nacional do PT, nos dias 16 e 17 de abril.
Nos bastidores, porém, aliados de Lula afirmam que ele vê o cenário de uma perspectiva mais desanimadora.
Avalia que o governo está paralisado e que Dilma precisa retomar as concessões e as obras pelo país, além de resolver a crise política com o pacto definitivo com o PMDB.
VACCARI - Réu por suspeitas de receber propina no esquema da Petrobras, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, não compareceu à reunião.
Foi a primeira vez este ano que ele se ausentou de um encontro da executiva nacional do partido, instância da qual faz parte.
Petistas afirmam que Vaccari temia alguma manifestação pela sua saída.
Segundo a reportagem apurou, Lula defende o afastamento imediato de Vaccari e tem dito a aliados que, se permanecer no cargo, o tesoureiro não consegue nem se defender nem ajudar o partido.
Da Folhapress