Protesto dos professores da rede estadual em frente à Alepe.
Foto: Diego Nigro/JC Imagem.
A sessão da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nesta terça-feira (31) foi marcada por uma acirrada discussão acerca do projeto de lei, enviado pelo executivo estadual, pedindo a atualização do piso salarial dos professores.
O texto foi aprovado por 27 votos favoráveis e 11 contrários.
A bancada de oposição da Casa divulgou uma nota demonstrando solidariedade à categoria, que queria reajuste salarial para todos os professores da rede estadual.
O projeto do Executivo Estadual atualiza o Piso Salarial da categoria de aproximadamente 4.060 docentes, em um universo de 45 mil docentes.
Na nota, os deputados afirmam que, para aprovar o projeto, o governo Paulo Câmara se valeu do “rolo compressor”, por ter maioria na Casa, desprezando assim a pauta de reivindicações e o processo de negociação que vinha mantendo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe). » Na Alepe, reajuste do governo para piso dos professores é aprovado por 27 votos a 11 Com isto, não terão reajuste salarial mais de 90% dos professores da rede pública.
Dos 4.060 professores que devem ter o aumento, 1.777 terão direito a 13,01% de reajuste e 2.283 poderão ser reajustados em 0,89%.
A partir da derrota da categoria, os parlamentares da oposição questionaram se Paulo Câmara vai conseguir cumprir a promessa de campanha de dobra o salário dos professores em quatro anos. “Se o Estado não pode dar o aumento por ter ultrapassado o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, porque na campanha eleitoral o atual governador – que é ex-secretário da Fazenda e tinha todas as informações sobre as finanças do Estado – prometeu aumentos salariais e contratações de servidores?”, questionou o bancada.
O líder do Governo na Alepe, Waldemar Borges, do PSB, defendeu a aprovação do projeto.
Ele afirmou que as questões levantadas pelos oposicionistas ainda podem ser discutidas, uma vez que o Governo está aberto ao diálogo.
Para ele, a aprovação da matéria em primeira discussão não impedirá a continuidade das negociações.
Rodrigo Novaes, do PSD, também defendeu a proposta, afirmando que todos os deputados da Casa são favoráveis à valorização dos professores.