Dilma Rousseff entrega casas do Minha Casa, Minha Vida.
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.
Buscando reverter os índices de rejeição que amarga no Norte e Nordeste, segundo pesquisas de opinião, a presidente Dilma Rousseff (PT) está apostando em agendas positivas nas regiões.
Nesta segunda-feira (30), a petista entregou 1.032 unidades habitacionais, na cidade de Capanema, no Pará.
Na ocasião, a presidente tentou dissociar a agenda institucional da política, afirmando que as eleições ficaram passado.
Dilma também saiu em defesa do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ao afirmar que ele foi “mal interpretado” ao dizer que ela nem sempre faz as coisas da “maneira mais fácil” e “efetiva”. “Aqui em Capanema, eu tenho muito orgulho de trabalhar sempre em parceria.
Eleição é eleição, governo é governo.
Governo a gente tem de cooperar com quem foi eleito pelo voto direto do povo, não importa quem seja”, afirmou a presidente, no discurso oficial.
A reprovação do Palácio do Planalto supera mais da metade da população de todas as regiões do País, segundo o Datafolha.
No Norte, atinge 51% e 55% no Nordeste.
Quanto a Levy, Dilma comentou que o ministro ficou “bastante triste” com a interpretação dada às declarações e explicou as falas pessoalmente. “Ele falou que nós, e agradeço o elogio dele, acha que fazemos imenso esforço para fazer o ajuste”, disse Dilma após entregar unidades do Minha Casa, Minha Vida nesta segunda (30) em Capanema (a 152 km de Belém). “Em política, vocês sabem que às vezes não posso seguir o caminho curto porque tenho que ter o apoio de todos aqueles que me cercam, só assim a gente consegue construir um consenso”.
As declarações de Levy foram feitas em clima informal a uma plateia de dezenas de ex-alunos da escola de negócios da Universidade de Chicago, instituição onde Levy se graduou Ph.D.
Foi a primeira vez que ele direcionou uma crítica especificamente ao nome da presidente em público.