Por Mauro Figueira de Ferreira Lima, em texto enviado ao Blog de Jamildo Cidadão. professor da UPE e nenhum vínculo com p projeto Senhores procuradores do Ministério Público Federal/Pernambuco Lamentável a iniciativa deste Ministério Público Federal/PE, publicada na imprensa local, em tentar embargar a execução de construção do chamado projeto Novo Recife, no Cais José Estelita.
Pelo que foi divulgado, o tal projeto negociou várias alterações no esboço original para adaptar-se àquilo que poderia ser uma melhor solução para o local, para a população do entorno, para a cidade e para a PCR.
Aquela área está absolutamente degradada com lixo , ratos , insegurança, drogas,negligência e desleixo públicos fazendo parte do seu dia a dia.
Seria bom que estes procuradores do MPF tentassem circular por ali e sentissem na pele a insegurança, a decadência e o abandono do local.
A qualquer hora do dia a temeridade total!
A Av.
Sul, a Rua Imperial e o Bairro de São José estão entregues ao descaso e à própria sorte (e que sorte!).
Assim como outras áreas urbanas historicamente importantes do Recife, como o conjunto e imediações do Pátio de Santa Cruz com a Maciel Pinheiro,ou o próprio centro com a Guararapes e seu entorno.
Nunca vi uma iniciativa deste MPF para fazer com que a administração pública seja obrigada a promover melhorias em áreas críticas da cidade que inclua preservação, manutenção e segurança para tais locais.
Há poucos dias ,o JC apresentou uma reportagem onde moradores do Coque diziam que quem protestava contra o projeto do cais, não morava ALI , e sim, nos bairros privilegiados do Recife e vizinhança.
Mora lá , quem batalha, E MUITO, pra levar a bolacha de CADA DIA pra casa.
Chova ou faça sol!
Aqueles , não ganham 18/20mil reais em gabinetes refrigerados , movidos a cafezinhos, muita prosa e biscoitinhos nos lanches cotidianos, além de outros penduricalhos como os tais auxílios-alimentação retroativos de 56 mil reais (sic) pagos recentemente(!).
Vive-se ali de BISCATES , nem sempre existentes, de atividades de subsistência como pedreiros, marceneiros, encanadores,pintores de parede,ambulantes de lanche, catadores, estofadores, diaristas, cuidadores de doentes, idosos e tantas outras atividades marcadas pela precariedade empregatícia…
São autônomos de toda a sorte mergulhados na incerteza e insegurança para garantir a sobrevivência cotidiana.
O investimento de 800 milhões de reais desse projeto, poderá dar um alento à vizinhança carente daquela área.
A Av.
Sul poderá passar a ter serventia, a Rua Imperial poderá sair da decadência.
O Coque e São José poderão ter mais demandantes para os serviços que oferecem, exatamente boa parte dos serviços listados acima.
Tudo dica que a renda geral desses “prestadores de serviços” poderá melhorar um pouco. É por aí, senhores procuradores.
Numa cidade conflagrada pela violência urbana, gerar emprego formal é difícil, ao menos deixem que sejam geradas oportunidades de trabalho que, certamente, poderão ajudar a reduzir agruras do cotidiano das pessoas dali e o terror de tanta insegurança urbana para todos.
Finalmente, caso aconteça a anulação do licenciamento definitivo, o que o MPF propõe para o local?
Ouviram os moradores do entorno?
Ouviram mesmo ?
Sem mais, PS do autor: Para seu conhecimento, já que tocou neste assunto (no sábado), segue um texto enviado ao MPF-local sobre o Estelita tempos atras.
Assunto tabu pra ser tratado por muita gente?
Pra mim, não!
Resolvi “me meter” no imbróglio !!! (ora, penso desse jeito! É ponto de vista meu!).