Por Paulo Farias do Monte, É advogado no Cabo e aliado de Lula Cabral Chega a ser hilário o jogo de empurra na Prefeitura de Jaboatão, tentando isentar o prefeito Elias Gomes, da responsabilidade sobre o superfaturamento de shows, naquele Município.

Todos sabem, na cidade e em Pernambuco, que a empresa ABPA sempre gozou de favorecimento da gestão, inclusive com um escândalo anterior, onde o proprietário da empresa, o senhor Antônio Bernardes, exigiu do prefeito Elias Gomes a exoneração do cargo os secretários, à época, Ronildo Albertim (governo), Ivan Lima(cultura) e Joel Silva(fazenda).

O prefeito cedeu à pressão, os exonerou e manteve a relação com a ABPA.

Com a auditoria especial realizada pelo TCE, o relator Dirceu Rodolfo de Melo pediu a responsabilização do prefeito Elias Gomes.

O parecer do relator Dirceu Rodolfo levou Elias a loucura e, logo procuraram um culpado, que seria o ex-secretário de Fazenda, Jackson Rocha, que o próprio Elias indicou para assumir a presidência da Agência de Fomento de Pernambuco (no governo Paulo Câmara).

Ora, sabendo Elias que o seu ex-secretário cometeu erro tão grave porque o indicou para o Governo do Estado?

Ao perceber tamanha traição, o ex-secretário jogou a batata quente no colo do atual secretário de assuntos jurídicos, Julio César, que defendeu-se, dizendo que a responsabilidade seria do secretário de Cultura.

Em suma, todos são culpados, menos Elias Gomes.

O prefeito Elias Gomes deveria assumir as responsabilidades, assim como faz quando algo dar certo.

Todo gestor é responsável pelos atos de seus secretários. É impensável que este contrato fora firmado sem o conhecimento do prefeito.

O fato é grave.

Talvez se Elias tivesse evitado esse superfaturamento não necessitaria tomar as medidas de “austeridade” como descontar um percentual dos comissionados, dentre outras medidas pirotécnicas, tomadas por puro proselitismo.

No fim, a culpa é de qualquer secretário, menos de Elias Gomes, o paladino da moralidade e da ética.

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Elias pode ser responsabilizado