O capitão de Mar e Guerra Luiz Cláudio Lázaro Dias, da Capitania dos Portos do Recife, disse nesta quinta-feira, em almoço da Sociedade de Amigos da Marinha (Soamar), no restaurante Guizu, no Rio Mar, no Pina, que a Marinha do Brasil deseja a relocação do busto do herói pernambucano Nelcy da Silva Campos, até o dia 12 de maio, quando será comemorado 30 anos do aniversário do ato heróico, homenageado pela arma do Brasil.
O prático salvou o Porto do Recife de um incêndio de proporções incalculáveis, ao rebocar o navio Jabotá, em chamas, para o alto mar.
Em setembro do ano passado, o Blog de Jamildo revelou que, após reforma no Porto do Recife, o busto de herói pernambucano havia desaparecido.
Em 27 de setembro de 2003, a Marinha do Brasil havia realizado uma cerimônia no então terminal de passageiros do porto, no Marco Zero, para colocar o busto do herói.
Após reforma no Porto do Recife, busto de herói pernambucano desaparece Após a publicação do post, o Porto do Recife informou que a estrutura do busto permanecia resguardada dentro da Administração do Porto do Recife, aguardando o momento ideal para ser exposta, definitivamente, no Terminal Marítimo de Passageiros de Pernambuco.
O porto foi inaugurado, mesmo sem Dilma e Eduardo, mas sem o nome do prático, conforme determina legislação aprovada pela Câmara Municipal do Recife, em setembro de 2003.
Porto do Recife esclarece paradeiro de busto de Nelcy Campos “Não estamos impondo ou cobrando responsabilidades.
A gente só precisa recuperar a história, em um local adequado, com visibilidade.
Com essa movimentação, queremos realizar uma cerimônia recolocando o busto no local dia 12 de maio.
Ou alguém já viu busto escondido?
Não se trata da história de uma pessoa, não é a história só de um prático, é a história do nosso Estado”, observou Lázaro Dias.
Jorge Aragão, presidente da Sociedade de Amigos da Marinha (Soamar), disse que a entidade havia encampado o projeto, ao lado da Marinha, porque era necessário resgatar o feito histórico.
Contemporâneo do prático homenageado pela cidade, o também prático Luis Augusto Correia de Araujo, com 50 anos de profissão, disse que a homenagem foi pequena, diante do feito. “Se ele tivesse morrido com o ato de salvamento, seria mais respeitado no Recife.
O que fizeram foi uma falta de respeito.
No mínimo, uma impropriedade.
Como mudam de lugar e tiram o nome, sem dar satisfação a ninguém?”, protestou.