Professores estaduais em audiência pública na Alepe.

Foto: Rinaldo Marques/Alepe Mesmo sem acordo entre o Governo do Estado e o Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Pernambuco (Sintepe), a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) deve votar nesta quarta-feira (25) o projeto do governador Paulo Câmara (PSB) que reajusta o piso dos professores estaduais.

O sindicato promete realizar um protesto em frente ao Legislativo estadual.

Como explicou o governador Paulo Câmara nessa terça (24), o projeto atual faz a adequação do piso salarial de 4 mil professores ao piso nacional do magistério, definido por Lei.

Ele garante que o reajuste nos salários da categoria será negociado na data base legal, que é em junho, assim como os demais servidores.

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O sindicato também critica o fato de o projeto atual nivelar os vencimentos de professores com licenciatura plena e daqueles que têm apenas formação em Ensino Médio.

Para o Sintepe, o projeto prejudica o Plano de Cargos e Carreiras (PCC) ao atribuir um reajuste de 13,01% para 1,1 mil professores; de 0,89% para 2,9 mil servidores e de 0% para os demais profissionais da Educação.

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A proposta passou nessa terça na Comissão de Constituição e Justiça da Alepe, a mais importante da Casa, e já foi incluída na ordem de votação pelo presidente Guilherme Uchoa (PDT).

A deputada estadual Teresa Leitão (PT) reclama, porém, que o projeto não tem parecer das Comissões de Finanças, Administração e Educação.

Teresa também critica que o projeto faz referência a uma categoria profissional extinta desde 1998 dos quadros do magistério estadual, que são os professores “que não sejam detentores de habilitação específica”.

Os professores fazem uma paralisação de advertência nesta quarta e quinta (26).

Para Paulo Câmara, a paralisação é precipitada, prejudica os estudantes e não será tolerada pelo governo estadual.