Foto: João Bita/PTB Depois de vir a público o pedido da Odebrecht de aumentar em R$ 264 milhões o valor pela construção da Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, a oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) agora cobra do governador Paulo Câmara (PSB) uma posição sobre que destino será dado ao terreno que havia sido doado à construtora para criação da Cidade da Copa, projeto de novo padrão urbano que seria erguido ao lado do estádio. “O que precisa ser feito, e aí não sou eu que vou ensinar ao governo, é dar retorno.

O que estou pedindo ao governo é que nos traga informações.

A oposição quer ajudar Pernambuco.

Nós queremos colaborar, participar.

Precisamos de respostas, que nos digam as coisas”, cobrou o deputado estadual Romário Dias (PTB). “Eu não estou tratando só da Arena.

Estou tratando da Cidade da Copa.

Eu quero que me diga se o terreno vai ficar com a Odebrecht ou o governo vai pegar de volta.

A Cidade da Copa ia ter centenas de escritórios, postos de saúde, residências, e não estão sendo construídos”, afirmou o petebista.

O líder da oposição na Alepe, Silvio Costa Filho (PTB), afirmou que já solicitou uma audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Econômico da Casa, com a presença do vice-governador Raul Henry (PMDB), que coordena os projetos de parcerias público-privadas (PPPs) do Estado.

A audiência também teriam representantes do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e da Arena da Copa. “A própria vice-governadoria, que assumiu a gestão das PPPs não se posicionou objetivamente, está sendo pautada pelos jornais com as informações que estão sendo publicadas ou pela oposição ou pela própria imprensa escrita e até agora o Estado não se pronunciou sobre isto”, criticou.

A oposição diz que em 2015, o Governo de Pernambuco deve pagar até R$ 133,8 milhões ao estádio a título de indenização.

O Palácio do Campo das Princesas e a Odebrecht também estão brigando para definir qual o valor final da Arena, que pode ficar em até R$ 796 milhões. “Todos nós sonhamos ali com a Cidade da Copa, um grande empreendimento, que ia gerar empregos, oportunidades, ia melhorar a mobilidade urbana, nada disso foi feito.

Aquilo vai se transformar, do jeito que está, em um elefante branco.

Do jeito que vai, o estado vai ter que aportar R$ 50 milhões por ano, por mais de 28 anos”, lamenta Silvio Costa Filho.