As obras transposição do Rio São Francisco deve sofrer novo atraso e ficar pronta só no segundo semestre de 2016.
Foto: Guga Matos/JC Imagem Distante da plataforma eleitoral propagada durante a campanha de 2014, o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, admitiu novo atraso na transposição do Rio São Francisco.
Em reunião na Câmara dos Deputados, o titular da pasta previu que a entrega ficará para o segundo semestre de 2016.
No início de 2014, o ex-ministro Francisco Teixeira informou que o prazo previsto para finalização era dezembro deste ano.
A obra teve início em 2007, ainda na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, orçada em R$ 4,5 bilhões.
O Eixo Leste deveria sair em 2010 e o Norte, em 2012.
Atualmente, o projeto está orçado em R$ 8,2 bilhões e tem dois longos canais.
O Eixo Leste beneficiará Pernambuco e Paraíba e o Norte levará água para esses Estados, o Ceará e Rio Grande do Norte.
O governo espera beneficiar 12 milhões de pessoas.
LEIA MAIS: » Falham primeiros testes da Transposição » Primeiro teste da transposição do São Francisco acirra conflito por uso múltiplo da água » Após visita de Dilma, Transposição sofre novo atraso » Petrolão já atrapalha até a Transposição do São Francisco Durante reunião da comissão externa da Câmara dos Deputados, nesta quarta (25), Occhi expôs resultados na execução de obras e propôs a apresentação de relatórios trimestrais aos deputados integrantes do comitê.
O grupo tem a intenção de fiscalizar a transposição.
DEMISSÕES - Em reuniões anteriores da comissão, os parlamentares debateram denúncias de que trabalhadores foram demitidos após os períodos eleitorais de 2010 e 2014.
O ministro negou a denúncia.
O titular da pasta viu com naturalidade a desmobilização em obras de grande porte, como a transposição.
O número de trabalhadores vai diminuindo à medida que os trechos vão sendo concluídos, considerou o interlocutor de Dilma “A gente ouve aqui [na comissão] que está acontecendo desmobilização [de trabalhadores].
Mas, na verdade, não está acontecendo.
Hoje nós temos cerca de 9.500 trabalhadores envolvidos no projeto e, gradativamente, esse número vai diminuindo, porque setores da obra estarão finalizados”.