A Secretaria de Imprensa da Presidência informou que o ministro Thomas Traumann (Comunicação Social) entregou pedido de demissão à presidente Dilma Rousseff.

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil.

Exatamente uma semana após Cid Gomes pedir o desligamento do Ministério da Educação, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República acaba de divulgar nota oficial confirmando que a presidenta Dilma Rousseff aceitou nesta quarta-feira (25) o pedido de demissão do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann.

Como é de costume, a presidenta agradeceu a competência, dedicação e lealdade de Traumann no período como ministro e porta-voz.

Nesta quarta-feira, o líder da Oposição na Câmara, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), também aprovou nas comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Ciência e Tecnologia requerimentos para que Thomas Traumann explicasse à Casa denúncias de supostas contratações de robôs e financiamentos de blogs para favorecer o governo federal.

Semana passada, o portal do jornal O Estado de S.

Paulo divulgou matéria que revela um suposto documento elaborado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) admitindo comunicação “errática” e defendendo mais propaganda em São Paulo, circulou entre os ministros, dirigentes do PT e assessores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

LEIA MAIS: » Cai o ministro da Educação Cid Gomes » Crise chega às redes sociais.

Até Dilma Bolada perde seguidores.

PT estuda religar os robôs que usou na campanha presidencial » Governo não reconhece documento sobre crise nas redes sociais, diz Dilma Segundo o portal, o documento elenca algumas propostas nitidamente ilegais.

O texto admite que os ditos “blogs progressivos”, popularmente conhecidos como “blogs sujos”, atuem de maneira coordenada com o governo.

Para Bruno Araújo, é inadmissível que um órgão oficial se utilize dessa prática e muito menos se envolver recursos públicos para o pagamento de “blogueiros”, “crackers” ou “hackers” a serviço do governo, ou ainda os incentive a publicar matérias favoráveis ao governo e contrárias à oposição, desqualificando a capacidade informativa da população.

Assinaram os requerimentos com o líder, os deputados Nilson Leitão (PSDB-MT), Elizeu Dionizio (SD-MS) e Arthur Virgílio (PSDB-AM).

Nesta tarde, o ministro pediu demissão.

De acordo com informações extra-oficiais, ele já havia pedido a Dilma para sair deste dezembro do ano passado.

A carta pode ter sido um desabafo pessoal.