Reportagem do jornal Folha de S.

Paulo desta sexta-feira (20) aponta que dois executivos da construtora Camargo Corrêa entregaram, durante suas delações premiadas, os nomes de outros quatro gerentes da Petrobras, além do ex-chefe da área de Serviços Pedro Barusco, que já fechou delação premiada e explicou como funcionavam os desvios na estatal.

De acordo com o jornal paulista, esse grupo de gerentes pedia suborno sempre que era preciso assinar contratos e aditivos na companhia; e um dos principais focos seria a construção da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), no Porto de Suape, em Pernambuco.

A Camargo Corrêa controla o consórcio CNCC, que tem um contrato de R$ 3,3 bilhões na Rnest.

O custo da Refinaria Abreu e Lima é estimado em US$ 18,5 bilhões.

Os dois executivos que fizeram a delação foram o presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, e o vice-presidente de Finanças, Eduardo Leite.

Os dois são acusados de terem pago R$ 40 milhões em suborno para fechar contratos na Petrobras.