Por Fernando Castilho, especial para o Blog de Jamildo Os Gomes de Sobral, no Ceará, têm fama de machos.

Fazem parte daquele tipo de novo coronelismo moderno que se apossa do poder com fama de eficiência administrativa, provoca resultados de apelo midiático e, normalmente, desrespeita os demais poderes por entender que o Executivo pode tudo.

No Ceará podem mesmo.

Porque como disse certa vez o então governador, Luiz Gonzaga Mota, governador no Ceará, seja ele quem for, tem maioria absoluta na Assembleia Legislativa do primeiro ao último dia.

Os Gomes também de fama de aderir ao governo central.

Seja ele qual for.

Mesmo que tenham sido forjados no PSDB de Fernando Henrique, a quem serviram muito bem, os Gomes de Sobral, logo se bandearam para o Governo Lula e assim prosseguiram.

Ficaram mais Lulistas do que o próprio PT do Ceará.

O problema dos Gomes é quando eles juntam seu grupo para atuar a nível nacional e defender suas teses regionais a partir de sua visão.

Quando ficou claro que as obras da Transposição não seriam possíveis, nos cronogramas acertados por ele, o ministro Ciro Gomes chamou os Batalhões do Exército para fazer as tomadas d´água.

El já tinha havido um precedente.

Com ele mesmo na duplicação da BR-101.

Quando ele não conseguiu fazer as empreiteiras concluírem os projetos, Ciro chamou os Batalhões do Exército para fazer três trechos.

O problema não e chamar o Batalhão de Engenharia do Exército, é chamar ele como bravata e demonstração de força do Executivo.

Isso é muito perigoso na Democracia.

A presidente Dilma escolheu um Gomes para o Ministério da Educação.

Ele tinha dito que não queria.

A bem da verdade estava com um pé no Banco Mundial.

Mas Dilma pediu e ele “fez o favor” de aceitar.

Não há notícia de que os Gomes tenham sido bons professores.

Homens da área de Educação.

O ou que o Ceará tenha se transformado num modelo de excelência.

Mas Dilma colocou Gomes na Educação e ele, em menos de dois meses, esculhambou do Congresso Nacional inteiro.

Aí quando é convocado, vai ao Congresso e briga com todo mundo falando para uma claque (que ele mesmo levou para lhe aplaudir) desrespeitando o plenário e os partidos.

O que Cid Gomes fez na tarde desta quarta-feira é tão absurdo que não dá para levar a sério.

A não ser como um gesto de bravata pessoal e agressão gratuita ao Congresso de forma passara ideia de coragem pessoal de sair atirando.

O ruim disso tudo não é Cid Gomes dizer o que disso. É o que isso acarreta.

Ou como se diz na sabedoria popular: a pior coisa do mundo é um doido querendo defender um sadio.

Acaba passando a doença para a família toda. É o problema é o que isso acrescenta à presidente Dilma.

Ela não merecia isso.

Não nesta quarta-feira, não nesta semana.

E pensar que o slogan do segundo Governo Dilma Rousseff é Pátria Educadora.

Com um ministro desses, a gente tem é que tirar as crianças da sala.

De aula.