Alepe retrocede e se distancia da sociedade Deputado federal Daniel Coelho, especial para o Blog de Jamildo É com muita tristeza que observo o grande retrocesso cometido pela Assembleia Legislativa de Pernambuco ao não aprovar a recriação da Frente Parlamentar LGBT.
Já esperava que houvessem calorosos debates, assim como aconteceu em 2011, quando criamos essa Frente pela primeira vez no Estado.
Mas não acreditava que o Parlamento fosse capaz de barrar a comissão.
LEIA TAMBÉM: » Por causa de dois votos, Frente LGBT não é aprovada na Alepe A criação de uma frente parlamentar é fundamental para que o debate sobre um tema seja aprofundado.
Basta lembrar que, na legislatura passada, além da Frente LGBT, a Alepe tinha também a Frente da Família, criada majoritariamente pelos parlamentares da bancada evangélica.
Aprovar a criação desses colegiados não significa concordar com eles, mas permitir que haja uma discussão sobre temas que são de interesse da sociedade.
Em 2011, não foi fácil a criação da Frente LGBT.
Mas, apesar dos intensos debates, conseguimos sensibilizar a Casa da importância dessa representatividade para a classe. É preocupante ver o conservadorismo tomando conta do Parlamento, a ponto de muitos deputados não apenas votarem contra, mas se retirarem do plenário para não expor suas opiniões.
A não criação da Frente LGBT na Assembleia Legislativa não significou uma derrota para quem propôs a criação da comissão.
Mais que isso, significou uma derrota para o Parlamento e para a sociedade permanbucana.
Um retrocesso, um passo na contramão dos anseios dos cidadãos.