Por Adriano Oliveira – Doutor em Ciência Política.
Professor da UFPE.
Consultor do IPMN Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) em parceria com o Instituto de Pesquisa MDA constatou que as políticas educacionais criadas nos governos Lula e Dilma são aprovadas pela população brasileira.
Apesar do desconhecimento de parte dos entrevistados para com elas.
Entretanto, quem já ouviu falar nos programas PROUNI, FIES e PRONATEC os aprovam majoritariamente.
O tamanho da aprovação sugere que os referidos programas adquiriram o status de consenso entre os brasileiros.
O levantamento do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) constatou que 50% dos entrevistados conhecem o PROUNI.
Neste universo, 93% o aprovam, 93,6% dos entrevistados afirmam que ele contribui para o crescimento econômico do Brasil, 94% asseguram que o governo federal deve apoiá-lo cada vez mais, e 28% pretendem utilizá-lo.
Portanto, os dados mostram que o PROUNI é consenso entre os brasileiros.
O FIES é conhecido por 47% dos entrevistados.
Neste universo, 91% o aprovam, 95,2% afirmam que ele contribui para o crescimento do Brasil, 94% desejam que o governo federal o apoie cada vez mais e 34% frisam que pretendem utilizá-lo.
Quanto ao PRONATEC, 34% declaram conhecê-lo.
Entre estes entrevistados, 93% o aprovam, 96,7% declaram que ele contribui para o crescimento econômico do Brasil e 30% pretendem utilizá-lo.
Portanto, os dados apresentados sugerem que FIES e PRONATEC são, também, consensos entre os brasileiros.
Se tais políticas educacionais conquistaram o consenso na sociedade, qual é a razão delas não continuarem a existir com vigor?
No universo de 47% dos entrevistados que declaram conhecer o FIES, 30% frisaram que souberam das recentes medidas do governo federal em relação a ele.
A pesquisa revela que parcelas dos entrevistados sabem elencar as diversas medidas, dentre as quais: “reduziu o número de vagas do FIES”, “dificuldade para acessar o FIES” e “diminuição da verba do FIES”. 73% dos entrevistados, no universo de 30%, discordam das medidas do governo em relação ao FIES.
Portanto, os dados apresentados não só apresentam o consenso existente, mas revelam que grande parcela dos brasileiros não está propensa a admitir qualquer retrocesso no âmbito dos programas educacionais.
Se parte dos brasileiros não deseja o retrocesso, observo que eles reconhecem a educação como instrumento eficiente para o crescimento econômico, a redução da desigualdade social, e, por consequência, como indutor da inclusão social.