Refinaria Abreu e Lima.
Foto: Heudes Régis/JC Imagem.
Inundada em denúncias de corrupção e desvio de dinheiro, a Petrobras anunciou o início da operação na última sexta-feira (13) da Unidade de Coqueamento Retardado da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Ipojuca, no litoral Sul de Pernambuco.
De acordo com a petroleira, com a ativação da unidade, todos os equipamentos de produção da primeira fase da Refinaria Abreu e Lima estão em operação, produzindo os diversos derivados na qualidade requerida pelo mercado.
Além da produção de coque (importante insumo utilizado pelas indústrias siderúrgica, metalúrgica e cimenteira como combustível), são processados na unidade outros derivados mais leves de petróleo.
A unidade de coque é responsável por receber a parte mais “pesada” do petróleo e processá-lo para transformá-lo em produtos mais leves.
Além de coque a nova unidade produzirá gás combustível, gás liquefeito de petróleo (GLP), nafta, diesel e gasóleo pesado.
O gás combustível, após também passar por um processo de remoção de enxofre, serve como combustível e gera energia para a própria refinaria.
O GLP, ou gás de cozinha, é armazenado em esferas e entregue para o mercado local.
O gasóleo pesado é utilizado como óleo combustível para navios.
As operações da refinaria são acompanhadas de perto pelo mercado devido ao envolvimento da empresa na operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), que investiga suposto esquema de evasão de divisas com uso de contratos envolvendo a Petrobras.
Em janeiro, a Petrobras já havia admitido a possibilidade de reconhecer perdas de investimentos da Rnest em seu balanço.