Imagem: reprodução A sonegação de impostos no Brasil em 2015 já ultrapassou os R$ 100 bilhões.
Quem afirma é o Sonegômetro, mecanismo criado pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), que busca calcular quanto dinheiro público deixou de ser arrecadados no País.
O valor, lembra o sindicato, é cinco vezes correspondente aos R$ 20 bilhões que o governo federal busca economizar com ajustes nas tarifas públicas no processo de aperto fiscal.
Em 2014, o mecanismo mostrou que foram sonegados R$ 501,9 bilhões; o que foi maior do que a soma da recriação da Cide e os aumentos no PIS/Cofins e IOF.
Valor equivalente a esse, cerca de R$ 500 bilhões, deixaram de ser sonegados da dívida ativa da União devido a atuação da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).
Por isso, o sindicato defende a valorização da carreira.
Hoje, existem 328 cargos de procurador de Fazenda federal vagos.
O Sinprofaz diz que para cada R$ 1 investido na Procuradoria, o órgão devolveu R$ 18,5 para a sociedade.
Por isso, o investimento podia tornar a PGFN uma fonte de arrecadação ainda maior para o País. “A Procuradoria precisa de uma estruturação melhor para ir atrás dos grandes sonegadores.
Os procuradores têm milhares de execuções fiscais, são valores bilionários, e não temos nem um servidor de apoio por procurador”, se queixa Heráclio Camargo, presidente do Sinprofaz.
Hoje, a PGFN tem 2.072 procuradores, 1.518 servidores, 116 unidades e 7.485.097 processos em tramitação.